Bares, centros culturais, associações, livrarias, bibliotecas, institutos, teatros e outros são desafiados pelo Plano Nacional de Leitura a organizarem noites de livros censurados, entre 22 e 28 de abril.
As primeiras cinquenta entidades inscritas vão receber uma pequena coleção de livros. Foto: Pixabay
Na semana de 22 a 28 de abril, o Plano Nacional de Leitura (PNL), em parceria com a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), vai organizar as Noites dos Livros Censurados para relembrar autores que foram ou continuam a ter o poder da escrita limitado.
Numa altura em que as celebrações dos 50 anos do 25 de Abril se aproximam, o objetivo é “trazer a celebração da leitura para cenários informais”, para relembrar que “os livros não são para ser venerados, nem fechados em armários que os tornaram objetos de exposição”, pode ler-se na nota de imprensa, assinada por Regina dos Santos Duarte, comissária do PNL.
Para dinamizar a iniciativa, o PNL desafia bares, centros culturais, associações, livrarias, bibliotecas, institutos, teatros e a quem tenha espaço e vontade a organizarem noites de livros censurados. As primeiras cinquenta entidades inscritas vão receber uma pequena coleção de livros, assim que preencherem o formulário disponibilizado pelo PNL.
Para apoiar os interessados, vai estar disponível no site um kit com listas de livros censurados, sugestões de organização e o cartaz.
É a “ler alto, a várias vozes, com holofotes ou lua nova” que o PNL e a APEL homenageiam os livros que foram silenciados. “Queremos deixar os livros que não deixamos arder, os livros que escondemos, os livros que passamos clandestinamente e que continuamos a ler”, pode ler-se na nota.
Editado por Inês Pinto Pereira