O polaco conquistou o seu primeiro título em quadras de terra batida este domingo (7). Foi consistente ao longo de toda a competição, tendo perdido apenas um 'set' no torneio.
O Estoril Open chegou ao fim no último domingo. A única competição em solo português do circuito da ATP, mas que não se encontra no calendário da ATP de 2025, coroou Hubert Hurkacz (8) como campeão. Dizer apenas que o polaco teve poucas dificuldades contra o espanhol Pedro Martínez (60) seria negligenciar a sua consistência durante a competição: perdeu apenas um set em todo o torneio e ganhou a final por dois sets a zero (6-3 e 6-4).
O primeiro set começou frenético. Os três primeiros serviços foram confirmados, mas no quarto jogo, Hurkacz forçou uma quebra após levar o jogo para desempate. A quebra foi confirmada após uma fantástica devolução paralela de backhand do polaco. A partir deste jogo, Hurkacz administrou a sua vantagem e continuou a ser direto, sem desistir de nenhuma bola e colocando o espanhol a correr com o seu forehand de spin travesso.
Se Martínez quisesse ter a oportunidade de voltar à discussão do jogo, começar bem no segundo set era crucial. Contudo, o polaco foi impiedoso e quebrou o serviço do espanhol logo no primeiro jogo. Hurkacz forçou o espanhol a jogar uma bola paralela na passada, que acabou por ser oferecida para o potente backhand do número 8 do ranking mundial. O resto do set foi, novamente, passado com foco no serviço e a dar trabalho na devolução, mas não houve mais quebras. Hurkacz selou o seu primeiro título em terra batida com um ás após 1h45 de jogo, algo nada inesperado, visto que tem o melhor serviço do circuito segundo o ranking da ATP. Resultado final: 2-0 (6-3 e 6-4).
O polaco foi dominante durante todo o torneio. Perdeu apenas um set, contra Cristian Garín nas meias-finais. Na final, não enfrentou sequer um break point. Com a vitória, Hurkacz chega à posição número 8 do ranking, um recorde pessoal. Agora, é certo que ele vai querer aproveitar a sua boa forma em terra batida e conquistar um bom resultado no Masters 1000 de Monte-Carlo, onde joga contra o jovem Jack Draper (39), de 22 anos. Draper tem, curiosamente, a melhor devolução de serviço segundo o ranking da ATP.
Editado por Filipa Silva