A tuberculose é a infecção mais comum entre pessoas com SIDA e também a principal causa de morte. Cerca de 30% das pessoas com HIV estão infectadas com tuberculose.
O HIV destrói progressivamente o sistema imunitário, fazendo com que haja mais probabilidade da pessoa infectada desenvolver tuberculose, que por sua vez vai acelerar a progressão do HIV.

A combinação “explosiva” das duas epidemias está a alastrar-se por todo mundo, com principal incidência nas comunidades pobres da África e Ásia. A Organização Mundial de Saúde acredita que não se pode travar a epidemia da SIDA sem combater a da tuberculose.

Paul Sommerfeld da TB Alert, director de uma organização que luta contra a tuberculose, considera ser fundamental a adopção de estratégias colaboracionistas no combate destas duas doenças. Muitos pacientes com HIV têm também tuberculose e “curar a tuberculose a um paciente com HIV vai dar mais alguns anos de vida a essa pessoa, vai melhorar rapidamente a sua qualidade de vida e prevenir o contágio da tuberculose”, afirma Paul Sommerfeld.

Apesar desta conclusão científica, a maioria dos países continua a encarar estas duas epidemias separadamente, o que resulta num programa menos eficaz no combate destas duas doenças.

O sucesso do controlo da tuberculose depende essencialmente da força dos sistemas de saúde em investirem numa “estratégia eficaz para lutar contra a tuberculose e a SIDA, mas passa essencialmente por um maior empenho político”, conclui o director da TB Alert.

Carla Sousa