No inicio do ano verificou-se uma quebra nas vendas de automóveis de cerca de 50%. A tendência acentuou-se em Fevereiro, mês em que se registaram perdas de cerca de 60% nas vendas, face a igual período de 2008.

Segundo Jorge Neves da Silva, secretário geral da Associação Nacional das Empresas do Comercio e da Reparação Automóvel (ANECRA), a descida tem como grande responsável “a situação financeira e de crise económica que se vive.” Com as limitações de concepção de crédito que existem “é muito mais difícil a aquisição de um automóvel e quando o limite de rendimento das famílias atinge valores muito baixos o resultado é mau”, explicou ao JPN.

A outra razão estará relacionada, segundo a ANECRA, com a “antecipação de compras no mês de Dezembro, que levou a uma completa aridez no mês de Dezembro fruto do aumento da fiscalização automóvel, imposto sobre o veiculo, que se verificou no inicio do ano”,

Sector em risco

Caso o cenário de perdas se agrave, a ANECRA avisa que “pode estar em causa a sobrevivência” das emresas que operam neste sector, devido ao esforço financeiro que fazem para vender os veículos. Por outro lado, “quanto menos carro se compram, menos carros circulam, e os serviços de manutenção pós venda também sentem e poderá eventualmente significar falência”, explica Jorge Neves da Silva..

A ANECRA pede, por isso ,o apoio estatal no sentido de reduzir os efeitos da crise que atingiu osector da venda de automóveis. “O governo deveria avançar com apoios aos fabricantes e as empresas que asseguram o retalho automóvel e empresas que se dedicam a manutenção”, desafia Jorge Neves da Silva.