27 de Abril de 1791. Uma data que viria a mudar o sector das telecomunicações por todo o mundo. Faz esta segunda-feira 218 anos que, no Massachusetts, nos Estados Unidos da América, nascia Samuel Morse. O inventor do século XVIII tornou-se famoso por duas criações: o código morse e o telégrafo.

O código morse, que foi inventado e desenvolvido em 1835 pelo americano em conjunto com Alfred Vail, também inventor da época, é um sistema de representação de letras, números e sinais de pontuação através de sinais codificados. Durante muito tempo, funcionou como um importante meio de comunicação. Este código pode ser transmitido de várias maneiras, entre elas, o sinal de rádio e as ondas mecânicas (perturbação sonora).

O JPN foi descobrir a utilização desta ferramenta na actualidade. Esta invenção é, hoje, um “detalhe bastante relevante” no trabalho de Sérgio Cunha, docente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

“Vorsat” é o nome do projecto, cujo objectivo é o lançamento de um satélite, recorrendo ao código morse. A iniciativa, desenvolvida por um conjunto de estudantes liderados por Sérgio Cunha, responde a um desafio da Agência Espacial Europeia (ESA).

“O satélite tem de ser encontrado no espaço e, para tal, transmite uma informação simples que é o seu próprio nome em código morse”, diz o docente, explicando o projecto.

Sérgio Cunha ressalva ainda as vantagens da invenção de Morse: “O código tem a grande vantagem de ser simples de ser transmitido e fácil de recuperar”, revela.

Já para o docente da FEUP, o telégrafo é uma invenção não tão importante nem actual. “Ainda hoje se usa o código morse para a identificação de estações de navegação”, compara, aludindo, assim, à “importância enorme” de que se reveste este meio.

O “Vorsat” ainda está em fase de experimentação antes de ser lançado para o espaço. O satélite é o segundo que a ser lançado pelas mãos de alunos da FEUP.