A gripe suína matou 152 pessoas no México e já chegou à Europa. Ainda não são conhecidos casos em Portugal, mas a população está atenta aos primeiros sintomas da doença: febre repentina, congestionamento nasal, tosse intensa e fortes dores de cabeça.

A doença é transmissível por via aérea, através de espirros e tosse. As pequenas partículas do vírus são bastante resistentes, podendo permanecer em mesas, telefones e outras superfícies, que depois podem ser transmitidas ao ser humano pelo toque, quando, por exemplo, os dedos são levados aos olhos, ao nariz ou à boca.

Isidro Nunes, reformado de 81 anos, não se encontra preocupado com a potencial pandemia. “O nosso sistema nacional de saúde está preparado para enfrentar qualquer vírus que surja no país”, garante.

Prevenção:

Lavar as mãos com frequência, cobrir a boca e o nariz, evitar aglomerações e repousar em casa até que a infecção desapareça são as recomendações da OMS. O organismo garante que a criação da vacina para humanos é possível, já que o vírus responsável pela doença foi descoberto. Qualquer dúvida pode ser esclarecida através do número da Linha de Saúde 24, da Direcção Geral de Saúde.

Também Raquel Zambujo, estudante de Medicina Veterinária, não acredita na gravidade de situação, mesmo em comparação com a gripe das aves. “Apesar de neste caso [gripe suína] a hipótese de pandemia ser bem mais real e eficaz, não estou muito preocupada com a situação”.

“As pessoas estão bem informadas”

Já Márcia Gonçalves, contabilista, receia a gripe suína e, por isso, está bastante atenta a “tudo o que é dito sobre a gripe suína em todos os órgãos de comunicação social”.

“As pessoas estão bem informadas e sabem o que fazer” em caso de contágio, garante Carlos Manuel, desempregado de 47 anos, que considera, no entanto, que o vírus pode chegar a Portugal.

Técnico de Farmácia, Manuel Fortunato também acredita que a doença possa atingir os portugueses, mas salienta que não existe um grande alarmismo junto da população. O técnico alerta, no entanto, para que, aos primeiros sintomas, as pessoas se desloquem aos hospital para lhes ser administrado Tamiflu, o medicamento reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o tratamento da gripe suína.

“É o mais fácil de administrar por ser em comprimidos. Depois existem outros [medicamentos], a nível hospitalar, mas que são em pó ou para inalar e nem toda a gente consegue.”

Fortunato destaca, no entanto, um inconveniente do Tamiflu: “ter de ser tomado logo aos primeiros sintomas porque, se assim não for, o efeito não é tão grande”.