Há muito tempo que o ser humano recorre a substâncias para experimentar sensações físicas e psicológicas diferentes das que está habituado. Hoje em dia, uma nova forma de acesso a estas substâncias está a emergir na sociedade ocidental: as smartshops. O conceito chegou há meia dúzia de anos Portugal e rapidamente se alastrou pelos jovens. Graças a um novo método da Universidade da Beira Interior (UBI), estas drogas podem ser detetadas em minutos com amostras mínimas.
O Centro de Investigação em Ciências da Saúde (CICS) da UBI, responsável pelo processo, baseia o seu estudo na deteção de comprimidos alucinogénicos, normalmente vendidos nas lojas ou na Internet, e drogas legais baseadas em extratos de plantas, muitas vezes vendidas como “fertilizantes” ou “adubos” para plantas.
A novidade deste método é o facto de usar a microextração. Em 15 minutos, precisa apenas de cerca de 100 microlitros de urina para, através de gráficos no ecrã de um computador, verificar se há presença de drogas ou não.
Este trabalho foi premiado pela Polícia Judiciária e Universidade de Coimbra e vai ser apresentado no 22.º Congresso da Academia Internacional Medicina Legal, em Istambul, na Turquia.