Segundo estatísticas da Direção Geral do Ensino Superior (DGES), um terço das bolsas pedidas no ensino superior para o ano letivo 2012/2013 foram recusadas. Com decisão final, dos mais de 80 mil pedidos totais, cerca de 26 mil foram indeferidas. Só no setor público, onde houve mais pedidos e mais indeferimentos, foram indeferidas 22 mil das 67 mil já analisadas, ou seja, 33,3% do total.
O “universo” UP
Só na Universidade do Porto, houve mais de sete mil pedidos de bolsas. Até agora, foram analisadas quase seis mil e indeferidas 1809 (36,2% do total).
Para além disso, a poucos dias de começar o segundo semestre, faltam ainda analisar cerca de nove mil das candidaturas, só no ensino superior público. Ainda assim, a análise deve ficar concluída ainda esta semana.
Segundo Rúben Alves, da Federação Académica do Porto (FAP), os números “são preocupantes” e acredita que “o sistema não dá resposta a todos os que precisam, havendo quem não receba bolsa por estar poucos euros acima do limite de elegibilidade”. Ao JN, diz ainda que “todo o sistema de ação social está obsoleto”, porque “não tem correspondência alguma com as necessidades reais dos alunos e suas famílias”.
