Costuma-se dizer que os homens são o sexo forte. No entanto, um estudo recente mostra que quando “elas” são “fortes” num qualquer aspeto, eles ficam muito “enfraquecidos”.

O estudo em questão, publicado na edição de agosto do Journal of Personality and Social Psychology, foi desenvolvido por Kate Ratliff e Shigehiro Oishi, psicólogos na Universidade da Flórida e na Universidade da Virgínia (ambas nos EUA), respetivamente. O objetivo era ver como é que os homens envolvidos em relações heterossexuais eram afetados pelo sucesso das suas parceiras.

Para isso foram reunidas 896 “cobaias”, as quais foram submetidas a algumas provas. Numa delas, os investigadores pediram a 32 casais que fizessem um teste de inteligência. Na verdade, estes testes não foram sequer avaliados, mas foram apresentadas, aos homens, duas versões: a uns foi dito que as suas companheiras ficaram entre os 12% das melhores classificadas, e, a outros, que as suas mulheres tinham ficado no grupo dos 12% piores.

Depois de saberem isto, os homens foram submetidos, implicitamente, a um teste de auto-estima. Desta forma, aqueles a quem tinha sido dito que as companheiras estavam nos 12% melhores tiveram piores resultados do que os que souberam que as suas mulheres estavam nos últimos 12%. Trocando por miúdos, quando as parceiras demonstraram ser melhores, os homens revelaram sentir-se piores com eles mesmos.

“Ela é melhor do que eu?!? Não pode ser!”

Se isto já não bastasse para credibilizar o estudo [PDF] dos psicólogos, houve ainda mais experiências. Numa outra, os investigadores pediram a 657 participantes para fazerem um teste online. Aos 284 homens foi pedido para recordarem uma ocasião em que as suas companheiras tinham sido bem sucedidas, intelectual ou socialmente.

Seguiu-se, naturalmente, outro teste implícito de auto-estima, e, mais uma vez, os resultados falaram por si: independentemente do tipo de sucesso que as mulheres tinham tido, os homens indiciavam sentir-se mal, logo depois de meditarem nisso. Este comportamento foi mais notório quando se tratavam de feitos femininos em que o próprio homem tinha falhado.

Em suma, as conclusões de Kate Ratliff e Shigehiro Oishi são mais “achas para a fogueira” do sexo forte versus sexo fraco.