Contas feitas, só até ao passado mês de agosto, a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) já viu os elétricos do Porto render 400 mil euros. Em 2010, as receitas deste meio de transporte não passaram dos 100 mil euros.

A abrupta subida das receitas das três linhas existentes atualmente na cidade do Porto parece advir da recente mudança de “público-alvo”. Se antes este era um meio transporte dirigido essencialmente ao Porto e aos portuenses, desde o fim de 2011 que o “Porto Tram City Tour” – como se denomina agora – se virou para os turistas.

Uma das primeiras medidas foi alterar o preço da viagem única para 2,50 euros. Os andantes azuis – os típicos títulos ocasionais recarregáveis do metro e do autocarro – já não funcionam ali. Os passes mensais da STCP (monomodais) e o Andante Gold (o dourado, intermodal) ainda são aceites: é a forma da STCP garantir o serviço aos clientes habituais, que não dispensam o elétrico.

O que é certo é que a aposta – agora aparentemente ganha – foi baseada em números que a fundamentaram: em 2011 – ano com uma das maiores taxas de procura dos elétricos – das 300 mil viagens efetuadas, 200 mil foram com títulos de procura ocasional – uma procura eminentemente turística, portanto, refere a STCP.