O novo vereador da Cultura da Câmara do Porto (CMP), Paulo Cunha e Silva, revelou, em entrevista à Antena 1, que a cidade vai ser Capital Mundial do Futuro a partir do fim de 2014.

Confrontado com o facto de o Porto já ter sido Capital Europeia da Cultura, o novo responsável pela pasta cultural revelou que, desta vez, a cidade vai ser, “durante uma semana por ano, a Capital Mundial do Futuro”.

Esta iniciativa será possível através de um “Fórum do Futuro (…), em que, através da articulação com as universidades, com os institutos, com a Casa da Música, Serralves e outras instituições, não só sob o ponto de vista do pensamento, mas também da prática artística e de outras práticas, traremos ao Porto as pessoas que estão a trabalhar, a ‘coser’ o futuro”, explica Paulo Cunha e Silva.

Museu da história do Porto

Na entrevista que deu à Antena 1, Paulo Cunha e Silva revelou ainda outro projeto que gostaria de implementar na cidade: “Um museu trifásico e tripolar. Trifásico, porque corresponderia a três fases da história do Porto: o Porto medieval, na Casa do Infante; o Porto fluvial e marítimo, na Alfândega; e o Porto barroco e romântico (…), na Cadeia da Relação”.

“Articular-nos-emos com as melhores instituições da área médica e biomédica da cidade, da área tecnológica, das engenharias, mas também da área literária”, completa o vereador da CMP, esclarecendo que esta distinção que o Porto ostentará terá, em grande parte, contribuição das entidades nativas e não apenas dos agentes que provirão de fora.

A data, ao certo, em que o Porto se tornará Capital Mundial do Futuro ainda não está definida, mas Paulo Cunha e Silva afirma que “terá de acontecer no fim do próximo ano”. No entanto, deixa uma certeza: “Numa semana por ano, só, porque não temos dinheiro [para mais], temos pouco dinheiro”.

O Porto com um “mapa Michelin”

Outra das iniciativas pela qual o Porto pode, brevemente, ficar conhecido (sobretudo a nível turístico), tem a ver com “Os Caminhos da Criação”: “É uma espécie de ‘mapa Michelin’, feito de várias folhas, sobre os múltiplos caminhos que se podem fazer pela cidade”.

O objetivo é, segundo Paulo Cunha e Silva, “identificar os vários roteiros (…), que vão desde a Ciência, à Literatura, à Arquitetura”, entre outros, para que quando alguém chegar ao aeroporto possa pegar num desses mapas e fazer um percurso pelos locais-referências dessas áreas, na cidade.