Ultrapassada a polémica que, em 2013, envolveu a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) e o então Executivo da Câmara do Porto (CMP), que levou à não realização, de forma inédita, da edição correspondente da Feira do Livro (realizava-se, ininterruptamente, desde 1930), eis que, agora, surgem notícias positivas sobre o evento.

Segundo o jornal Público, a Feira do Livro estará, este ano, de regresso ao Porto e com uma novidade: muito provavelmente, deixará a Avenida dos Aliados, onde se realizava, e instalar-se-á na Rotunda da Boavista. “Vai haver Feira do Livro”, disse Paulo Cunha e Silva, vereador da Cultura da CMP, ao jornal, já depois de fonte da APEL ter feito referência para negociações “bem encaminhadas”.

Ainda não há data

Aquilo que falta definir, neste momento, é a data de realização da Feira do Livro do Porto, que será sempre influenciada pela da homóloga lisboeta. Em 2013, o evento, na capital, decorreu entre o final de maio e meados de junho. Se o mesmo se verificar, este ano, a previsão mais realista é de que os livros apenas regressem ao Porto em julho.

A mudança de direção na autarquia poderá ser um dos fatores responsáveis pela fluidez na organização da iniciativa, mas o facto de, este ano, a CMP não necessitar de financiar a atividade, fruto do “grande processo negocial” em ação, também se revela como um facilitador de peso. Na verdade, segundo o Público, a única responsabilidade da autarquia será no apoio logístico ao evento.

Por estas razões, a Rotunda da Boavista apresenta-se como a hipótese mais interessante, até para os expositores, já que é “um outdoor visível, um local que interceta pessoas e onde a feira se afirma naturalmente”, refere Paulo Cunha e Silva.