Marinho e Pinto, Movimento Partido da Terra (MPT): “É preciso desmistificar essa fraude que é Bolonha”
O cabeça de lista do MPT (Movimento Partido da Terra) às eleições para o Parlamento Europeu, Marinho e Pinto, esteve esta quinta-feira em campanha eleitoral no Porto, passando por pontos centrais como o Mercado do Bolhão, a Rua de Santa Catarina e a Avenida dos Aliados.
O antigo bastonário da Ordem dos Advogados foi diversas vezes abordado pelos comerciantes. “O doutor devia era candidatar-se a primeiro-ministro!”, ouvia-se. Confrontado pelos jornalistas, o candidato não excluiu essa possibilidade, mas preferiu ser prudente, dizendo não fazer “planos a tão longo prazo”. Afirmou ainda que, no lugar do Presidente da República, Cavaco Silva, faria “bem melhor” que ele.
Questionado sobre as prioridades do Partido da Terra para o Ensino Superior, o candidato foi claro: “Desmistificar essa fraude que é o processo de Bolonha”. Marinho e Pinto foi mais longe nas acusações, afirmando que o Tratado de Bolonha “é uma forma de tirar mais dinheiro aos estudantes para resolver um problema económico das universidades. Porque as universidades portuguesas transformaram-se em centros de emprego para os familiares dos professores e para os familiares dos próprios funcionários”.
O candidato acredita que, atualmente, “os diplomas das universidades portuguesas não valem nada”. “Ninguém contrata uma pessoa pelo diploma. Antes, certifica-se das competências que ela realmente tem”, refere.
Carmelinda Pereira, Partido Operário de Unidade Socialista (POUS): “Todos temos de tomar o país nas mãos”
Carmelinda Pereira encabeça a lista do POUS às eleições europeias, depois de, entre 1976 e 1979, ter sido deputada na Assembleia da República, tendo sido eleita pelo Partido Socialista, de onde viria a ser expulsa, em 1977.
A candidata pretende que, nestas eleições, se “abra o caminho a um Governo que aposte na cooperação entre os povos e as nações soberanas da Europa, o que é incompatível com os tratados e instituições da União Europeia, que não é uma União Europeia, é uma união de interesses”, afirma.
“Somos apologistas de uma escola pública, do pré-escolar ao Ensino Superior, gratuita, que garanta a educação e formação das jovens gerações”, disse ao JPN Carmelinda Pereira, que defendeu ainda o “Ensino Superior gratuito” para todos.
Eduardo Welsh, Partido Nova Democracia (PND): “Voltar à CEE antes dos tratados de Lisboa e de Maastricht”
Eduardo Welsh é o cabeça-de-lista do PND às Europeias e defende um regresso à CEE, visto que, nesse tempo, “as pessoas trabalhavam como uma comunidade, para o bem comum”.
“O país tinha plena soberania, podia decidir o seu destino”, disse Eduardo Welsh, que defende ainda uma revisão da “política do euro”, já que o PND considera que “o euro não beneficia Portugal”.
Gil Garcia, Movimento Alternativa Socialista (MAS): “Exigimos uma redução das propinas na ordem dos 30%”
Gil Garcia encabeça a lista do Movimento Alternativa Socialista (MAS) – partido reconhecido legalmente desde agosto de 2013 – às eleições europeias, trazendo como principal ideia a debate “o fim dos privilégios políticos”, concedidos “quer em Portugal quer na Europa”, privilégios que “contrastam com as medidas de austeridade que se exigem aos países do sul, nomeadamente Portugal”.
Quanto ao Ensino Superior, Gil Garcia defende um corte no valor das propinas “na ordem dos 30%”, além de um critério “mais vasto” na atribuição de bolsas de estudo, num setor que considera precisar de uma “alteração drástica”, devido às limitações da educação em Portugal. Outra das bandeiras do MAS é a realização de um referendo sobre a moeda única, já que Gil Garcia considera ser preciso “devolver ao povo português o desejo de se pronunciar”.