A rede do Metro do Porto está, esta segunda-feira, praticamente encerrada, devido a uma greve dos agentes de condução. Não foram decretados serviços mínimos, pelo que, de acordo com a informação da empresa, as linhas encerraram à meia-noite e só voltam a reabrir às 06h00 de terça-feira, dia 11.

Já esta manhã, a edição online do “Jornal de Notícias” avançou que há composições a circular entre a Póvoa e a estação Fonte do Cuco, em Matosinhos. O JPN tentou confirmar a informação da empresa, ainda sem sucesso.

É a primeira vez em 16 anos de circulação que a operação sofre um impacto desta dimensão. A greve de 24 horas dos condutores afetos à ViaPorto, empresa que tem a concessão da operação da Metro Metro do Porto, foi convocada pelo Sindicato dos Maquinistas.

As exigências são antigas: os agentes reclamam uma redução da carga horária (de 40 para 37h30), uma alteração da categoria profissional que os equipare aos maquinistas e mais contratações.

À agência Lusa, Rui Pedro Pinto, do Sindicato dos Maquinistas, considerou que os agentes de condução do Metro chegaram ao “limite” depois de anos a exigir mudanças. De acordo com o sindicalista, estão neste momento em formação 12 novos condutores, mas considera o número insuficiente: “seriam necessários mais 20 a 30 profissionais”, afirmou.

Além do dia de hoje, o pré-aviso de greve dos condutores do Metro contemplam ainda os dias 17 e 31 de dezembro, véspera de Ano Novo e um dos dias de maior movimentação do ano na rede.

De acordo com declarações de Rui Pedro Pinto já esta manhã à Antena 1 ainda não estão agendadas quaisquer reuniões com a administração da ViaPorto para debater a questão.

O Metro do Porto, com seis linhas em funcionamento, transporta cerca de 9 mil passageiros por hora, tendo batido em outubro um novo recorde de circulação mensal com 6 milhões de passageiros.