No jogo de encerramento da 16ª jornada, com um Dragão composto, o FC Porto saiu vitorioso na receção ao Nacional, numa partida claramente dominada pela equipa da casa. Vitória por 3-1, a 18ª consecutiva – o recorde de Jorge Jesus pelo Benfica em 2010/2011 está igualado – que reforça a liderança isolada do campeonato para os dragões.

Sérgio Conceição viu-se obrigado a mexer no “onze” dada a ausência de Felipe, suspenso por acumulação de amarelos. Mbemba foi o escolhido para o eixo da defesa. Do lado visitante, Rosic, que chegou ao clube do Funchal por empréstimo do SC Braga no mercado de inverno, foi a grande surpresa.

Foi à meia-hora de jogo que chegou o assalto à baliza de Daniel, que foi batido pelo camisola 8 do FC Porto, Yacine Brahimi. Estava feito o primeiro para os dragões.

Brahimi foi fundamental no jogo com dois golos à sua conta. Foto: FC Porto/Facebook

O golo conferiu ao jogo uma dinâmica diferente da que se tinha feito sentir até aquele momento. Sem muita demora, logo aos 38’, surge o segundo por Tiquinho Soares. O Nacional reagiu e reduziu a vantagem logo passados dois minutos de jogo.

O golo que encerrou o marcador surgiu só na segunda parte por Brahimi, novamente.

Intensidade é a palavra de ordem

O FC Porto entrou na partida pressionante, determinado a fazer o golo cedo. Porém, o Nacional não se queria deixar bater, tentando aproveitar algumas falhas defensivas da equipa azul e branca.

A primeira oportunidade flagrante é dos azuis e brancos logo aos 7’. Depois do guardião negar o golo a Marega, servido por Corona, Soares falha, na recarga, com a baliza ao seu dispor.

Para corrigir o desperdício, Brahimi rematou com sucesso na cara do guarda-redes – que seria substituído pouco depois por lesão – e abriu o marcador, aos 32’.

Seis minutos depois, foi Jesus Corona a brilhar, na direita, ao retirar Nuno Campos do caminho e ao cruzar de forma perfeita para a área. É Tiquinho Soares que atira de cabeça para o fundo da baliza, aumentando a vantagem para os portistas: 2-0.

Corona serviu a cabeça de Tiquinho no segundo golo dos dragões.

Corona serviu a cabeça de Tiquinho no segundo golo dos dragões. Foto: FC Porto/Facebook

Já quase ao terminar a primeira parte, fruto de um erro crasso da defensiva portista, e em resultado de um ressalto, Rochez faz o golo para o Nacional. Estavam jogados 40 minutos e a partida prosseguia muito acesa.

Um golo anulado em cima do intervalo, por fora do jogo, evitou que os portistas recolhessm aos balneários com uma vantagem mais robusta.

Brahimi bisa e fecha as contas do jogo

A segunda parte começou intensa, mas sofreu uma paragem, logo aos 50’, devido à lesão de Rosic, que foi transportado para o hospital depois de um choque na área com o guarda-redes Lucas França.

Reatada a partida, não tardou o terceiro golo do FC Porto. Novamente, pelos pés de Yacine Brahimi: o argelino bisou na sequência de uma jogada simples e eficaz, aos 57’.

A posse de bola parecia não ter outro dono senão o FC Porto, que se mantinha focado no objetivo da vitória.

Ao minuto 68, Marega tentou a sua sorte e rematou forte, remate ao qual Lucas França respondeu, enviando a bola para canto.

Com a vantagem dos portistas, o jogo perdeu intensidade.

A 15 minutos do fim, Óliver Torres rendeu Tiquinho. O jogo passou para um 4-3-3 com o médio a assegurar mais solidez no meio-campo e critério no passe.

Bem perto da compensação, aos 90’ o jogador que se estreou com a camisola do FC Porto, Fernando Andrade, falhou um remate cruzado.

No final, vitória para os azuis e brancos que somam mais três pontos importantes para a liderança da Liga NOS.

Sérgio Conceição: “Nem sempre se pode ganhar de uma forma espetacular”

O técnico do FC Porto mostrou-se satisfeito com o desempenho da equipa, apesar de reconhecer que foi um encontro sofrido para os seus jogadores. “Nem sempre se pode ganhar de uma forma espetacular”, afirmou.

Sérgio Conceição considerou que individualmente “alguns jogadores” estiveram “acima da média”, mas também notou a importância de melhorar ao nível coletivo: “Coletivamente, tivemos algumas falhas defensivas e ofensivas”, frisou na conferência de imprensa.

O técnico reforçou a ideia de representar um plantel focado e trabalhador. Conceição deixou ainda críticas ao horário dos jogos e à carga excessiva à qual a sua equipa tem sido exposta.

Costinha: “Os meus jogadores estão a trabalhar para serem cada vez melhores”

O treinador do Nacional, Costinha, estava desanimado com a derrota, mas apontou para as diferenças que separam os insulares do FC Porto: “Nós sabemos a força do FC Porto”, disse.

O antigo médio dos dragões, sublinhou a dificuldade que sentiu num jogo em que teve de substituir um guarda-redes e um jogador devido a lesão grave. Costinha informou que Rosic se encontrava “em observações” à hora em que falava aos jornalistas.

Por fim, referiu o cansaço físico da sua equipa e a forma como este jogo contribuiu para o crescimento dos seus jogadores. “Os meus jogadores estão a trabalhar para serem cada vez melhores”, concluiu.

Na próxima jornada, o FC Porto desloca-se a Alvalade (sábado, 15h30) para disputar o clássico com o Sporting, que se distanciou da liderança ao ter perdido, também esta segunda-feira, em Tondela, e que se encontra já na quarta posição da classificação.

Artigo editado por Filipa Silva