Já são conhecidos os 66 vencedores do “RESEARCH 4 COVID-19”, 16 dos quais da Universidade do Porto (UP). A iniciativa financeira incentiva projetos e iniciativas de investigação e desenvolvimento que possam responder às necessidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O apoio corresponde a um investimento global de 1,8 milhões de euros, proveniente de fundos nacionais através do orçamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

Em comunicado enviado à imprensa esta terça-feira (21), o Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior (MCTES) deu a conhecer a lista de vencedores. Entre eles está um projeto de diagnóstico rápido e fácil do novo coronavírus, do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), com um investimento de 30 mil euros – máximo de investimento possível para cada um.

Com o mesmo valor de investimento, também foi selecionado um projeto da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), que vai estudar a relação entre as lesões do miocárdio e o novo coronavírus. Há ainda, um projeto da mesma universidade que vai estudar o “Impacto da pandemia COVID-19 nos cuidados prestados a doentes oncológicos”, do Instituto de Saúde Pública (ISPUP).

Na lista final de vencedores constam também projetos do Instituto De Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), do Centro Hospitalar Universitário do Porto, da FMUP, da Faculdade de Economia da UP (FEP) e do Instituto Politécnico do Porto.

Das 302 candidaturas de todo o país, 284 projetos foram os escolhidos para avaliação, dentre os quais 66 vão ser financiados. O apoio de financiamento excecional foi lançado pela Fundação para a Ciência e Tecnlogia, “em colaboração com a Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB), para apoiar atividades” de investigação e desenvolvimento, conforme se lê no comunicado do MCTES.

O “Research 4 Covid-19” foi criado em março, No mesmo mês em que foi declarado o estado de emergência em Portugal.

Os projetos foram selecionados por 15 avaliadores e podiam já estar em curso ou ainda a ser iniciados, com a “possibilidade de apresentarem resultados num período curto, até ao máximo de 3 meses”, refere o mesmo comunicado.

Os 66 projetos foram divididos em categorias, de acordo com as áreas de trabalho:

  • 24 projetos para possibilidades de diagnóstico da COVID-19;
  • 14 projetos para formas de prevenir o vírus;
  • 11 projetos para estudos clínicos e epidemiológicos;
  • Seis projetos para terapia;
  • 11 para outras áreas.

O MCTES não descarta, contudo, a possibilidade de vir a existir uma segunda fase para apresentação de propostas para este financiamento.

Artigo editado por Filipa Silva.