Numa cerimónia online, a Representação da Comissão Europeia em Portugal anunciou, esta quinta-feira à tarde, os vencedores da quarta edição do Prémio de Jornalismo Fernando de Sousa.

Houve quatro vencedores para as três categorias a concurso.

Na categoria Estudante, na qual o JPN tinha dois trabalhos entre os nomeados, saiu vencedora a reportagem “Cinco escolhidos, cinco esquecidos“, de Mariana Teófilo da Cruz, estudante da Universidade Nova de Lisboa.

O trabalho, com orientação do jornalista e professor universitário Pedro Coelho, e publicado na plataforma REC-Repórteres em Construção, dá voz a cinco refugiados afegãos que vieram para a Europa “à procura de um recomeço.” O percurso destes jovens em Portugal e o sistema de acolhimento montado para os acolher estão no cerne da reportagem.

Já na categoria Regional, o prémio foi repartido por dois traballhos: “Jovens voluntários além-fronteiras”, de Cristiana Alves e “Voluntários trocam grandes centros urbanos pela preservação do ambiente em Vila Pouca de Aguiar”, de Filipe Ribeiro e Daniela Parente.

O primeiro, sobre quatro jovens do distrito de Leiria que se aventuraram no voluntariado internacional, foi publicado no “Diário de Leiria”. O segundo, sobre voluntários que fizeram o caminho inverso – “trocaram os centros urbanos das capitais europeias pela tranquilidade da Serra do Alvão” – foi publicado no “Notícias de Aguiar”.

Cristiana Alves, que recentemente se viu forçada a deixar o diário regional de Leiria por via dos problemas de ordem financeira que o título enfrenta, deixou na cerimónia um alerta: “é importante que o país olhe para a imprensa regional”, afirmou. O setor atravessa um momento difícil, que a crise atual só o veio agudizar.

Já na categoria Nacional, foi a reportagem “O despertar da ilha“, da autoria de Duarte Baltazar e João Junça, transmitida no programa Linha da Frente da RTP, que saiu vencedora.

O trabalho foi realizado na ilha da Culatra, uma área cuja comunidade foi alvo de uma “cooperação inédita em Portugal, promovida pela União Europeia”. De acordo com o júri, a história dá voz “à causa daquela comunidade, de uma forma completa, comovente, ritmada e com qualidade.”

O prémio da categoria Estudante tem um valor pecuniário de 3 mil euros. O das restantes categorias tem um valor de 5 mil euros.

Ao anúncio dos vencedores, seguiu-se um debate sobre “desafios e tendências do jornalismo em tempos de pandemia”, com a participação da comissária Europeia Elisa Ferreira e de diretores de órgãos de informação nacionais. O momento será transmitido a 19 de dezembro, pelas 14h45, na TVI24.

Em 2021, decorrerá a quinta edição do prémio em prazos e moldes ainda a anunciar.