O Governo vai seguir as recomendações feitas pela Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES) no que às regras de acesso ao ensino superior diz respeito, mantendo o modelo aplicado em 2020. A decisão será tomada já amanhã, quinta-feira, em Conselho de Ministros.

Em entrevista à TSF, João Sobrinho Teixeira, secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, explicou que o objetivo é manter “algum nível de constância nas regras de acesso ao ensino superior” e que, por isso, o Governo vai adotar as mesmas soluções encontradas no ano passado que, apesar de excecionais, se formularam como “as mais adequadas” e “mais justas” e “promoveram uma expressiva entrada de jovens no ensino superior”, sublinhou o governante. O objetivo é garantir a estabilidade do ensino, não gerando mais confusão “naquilo que é a entropia própria desta condição pandémica em que vivemos”.

Assim, os alunos vão ter de realizar apenas os exames das disciplinas específicas exigidas pelo curso a que o estudantes se quer candidatar – eliminando a obrigatoriedade de realizarem dois exames no 11.º e no 12.º ano. À semelhança do que aconteceu no ano passado, os exames vão voltar a não contar para a “média final de 12.º ano e portanto não contarão também para as melhorias de notas”. No que diz respeito aos alunos de anos anteriores que se recandidatem às provas, o Sobrinho Teixeira explica que será escolhida a situação que mais beneficie o aluno: “ou a nota interna, ou a nota interna composta com classificação final do exame”.

Artigo editado por Filipa Silva