bola no relvado

FC Porto diz adeus à competição. SC Braga avança para os quartos de final. Foto: Janosch Diggelmann/ Unsplash

Depois da derrota a uma bola no Estádio do Dragão, o FC Porto deslocou-se a França, esta quinta-feira (17), para tentar protagonizar uma reviravolta na eliminatória. O Lyon inaugurou o marcador no Parc Olympique Lyonnais e, apesar de Pepê ter marcado um grande golo, o empate não foi suficiente para os “dragões”.

A história não estava a favor dos portistas: das 11 vezes que o FC Porto perdeu a primeira mão em casa, só por uma vez (em 2003, sob o comando de José Mourinho) tinha conseguido virar uma eliminatória.

A oito jogos do término do campeonato nacional, Sérgio Conceição deixou no banco algumas das escolhas habituais. João Mário, Uribe, Vitinha, Otávio (de fora por ter visto um cartão amarelo no jogo da primeira mão), Taremi e Evanilson deram lugar a Bruno Costa, Grujic, Eustáquio, Fábio Vieira, Galeno e Toni Martínez.

À procura de um golo que relançasse a eliminatória, o FC Porto acabou por ser a primeira equipa a sofrer. O Lyon já tinha deixado o aviso, no Estádio do Dragão, relativamente aos ataques na profundidade, com qualidade. E foi assim que os franceses inauguraram o marcador. Em aparente posição irregular (apenas aparente, uma vez que Zaidu o coloca em jogo), Dembélé aproveitou o passe de Dubois para se desmarcar nas costas da defesa dos “dragões” e finalizar na baliza de Diogo Costa, aos 13 minutos.

O golo dos franceses obrigava a que o FC Porto marcasse dois golos para igualar a eliminatória. Determinados em relançar o jogo, os dragões não demoraram a reagir. Ao minuto 16 e após uma jogada coletiva dos portistas, Pepê obrigou Anthony Lopes a uma boa intervenção. O Lyon ainda voltou a ameaçar pela cabeça de Dembélé, mas foi mesmo o brasileiro a furar as redes dos franceses. Ao minuto 27, numa condução de bola rápida, Pepê deixou para Fábio Vieira que, com um cruzamento certeiro de pé direito, assistiu para o golaço de primeira do brasileiro.

Relançada a esperança portista, o FC Porto procurava mais um golo para empatar a contenda. Aos 57 minutos, Sérgio Conceição lançou João Mário e Uribe e retirou de campo Bruno Costa e Eustáquio. Mas foram os franceses que voltaram a criar perigo. Paquetá descobriu Dembélé, novamente na profundidade, e apenas uma muralha chamada Diogo Costa, que pouco depois voltou a dizer presente ao remate de Aouar, impediu o golo do Lyon.

Do outro lado, foi o capitão Pepe a protagonizar uma grande oportunidade de perigo. Num remate de primeira de fora da área, o português esteve muito perto de colocar os portistas em vantagem, mas a bola rasou o poste da baliza de Anthony Lopes.

Mas a melhor oportunidade do FC Porto esteve nos pés de Vitinha. Já nos descontos, o FC Porto beneficiou de um livre. Chamado para a conversão, Fábio Vieira bateu para a grande área do Lyon, Pepe desviou de cabeça e a bola encontrou Vitinha que, completamente isolado, encaixou a bola nas mãos do guarda-redes português.

Nos segundos finais, os franceses ainda falharam uma oportunidade flagrante, mas foi mesmo a equipa de Peter Bosz a avançar na competição.

No final do encontro, Sérgio Conceição deu os parabéns à equipa e considerou que os dragões mereciam “ter ido a prolongamento”. Relativamente à escolha do 11 inicial, o técnico portista afirmou que os jogadores que entraram de início davam “totais garantias para ganhar”. “Alguns jogadores têm mais minutos, estivemos muito abaixo do que podemos fazer no Dragão e hoje com jogadores menos utilizados acabamos por fazer um jogo competente. Perdemos a eliminatória no Dragão e não aqui”, rematou.

O treinador portista reforçou que o FC Porto “é uma equipa de Liga dos Campeões” e garantiu que a equipa vai “preparar já o jogo com o Boavista” para continuar “a luta pelo campeonato, que permite para o ano estar na Champions”.

Arsenalistas avançam e encontram Rangers nos quartos

Os minhotos deslocaram-se ao Estádio Louis II, no Mónaco, para empatarem a uma bola com o Mónaco. Depois da vitória por duas bolas na Pedreira, os “arsenalistas” seguem em frente na Liga Europa.

A história jogava a favor do SC Braga: sempre que tinha vencido em casa na primeira mão de numa eliminatória europeia, tinha seguido em frente na competição.

Numa primeira parte em que o Mónaco teve mais bola e até conseguiu chegar algumas vezes à baliza bracarense, apesar de o ter feito com pouco perigo, foi o SC Braga a inaugurar o marcador. Aos 19 minutos, numa transição rápida dos “arsenalistas”, Abel Ruiz rematou de longe e, após um desvio em Varderson, a bola traiu o guarda-redes e furou as redes monegastas.

Com a eliminatória do seu lado, o SC Braga mostrou-se competente defensivamente, apesar de nunca abdicar dos momentos ofensivos. A equipa do português Gelson Martins tentou lançar-se na frente, mas só aos 90 minutos, por intermédio de Axel Disasi e após um canto batido por Golovin, a equipa monegasta conseguiu empatar o jogo. O francês saltou mais alto do que a defesa bracarense para empatar a partida, mas a eliminatória já estava decidida.

O SC Braga segue assim para os quartos de final da Liga Europa pela terceira vez na história depois de 2010/2011 (finalista vencido, frente ao FC Porto) e 2015/2016 (derrota com o Shaktar Donetsk).

No final da partida, Carlos Carvalhal, técnico “arsenalista” revelou estar “grato ao SC Braga e ao futebol por viver estes momentos. Grato por viver a um quilómetro do estádio, ter vivido praticamente a minha vida a 500 metros do estádio e estar a viver três finais, uma vitória na final da Taça e um percurso espetacular na Liga Europa”, agradeceu.

O SC Braga garante um lugar no top8 da Liga Europa onde poderá encontrar as seguintes equipas: Rangers, Atalanta, Barcelona, Lyon, West Ham, Eintracht Frankfurt ou Leipzig.

O sorteio dos quartos de final da Liga Europa decorreu esta sexta-feira. A equipa de Carlos Carvalhal vai defrontar os escoceses do Rangers nos quartos de final. A primeira mão é a 7 de abril e a segunda mão disputa-se a 14 de abril.

Artigo editado por Filipa Silva