A Feira do Livro do Porto regressa aos Jardins do Palácio de Cristal entre 26 de agosto a 11 de setembro para mais uma edição. Este ano, o recinto volta a receber um número de participantes semelhante ao das edições pré-pandemia, além de não se preverem restrições no número de pessoas a percorrer a Avenida das Tílias durante os dias do evento.
Este ano, na nona edição da atual organização, o certame vai contar com a participação de 84 entidades – entre representantes das grandes editoras, alfarrabistas, pequenas editoras, livrarias e instituições –, distribuídas por 126 pavilhões, revela a Câmara Municipal do Porto (CMP), responsável pela organização, através de comunicado.
Em 2020 e 2021, a Feira do Livro do Porto coincidiu com meses em que foi possível a realização de eventos deste tipo, embora, mesmo ao ar livre, em ambas as edições tenham sido adotadas medidas de restrição e adaptações à situação pandémica; em 2020, por exemplo, havia limitação na entradas, o uso de máscara nos stands era obrigatório e eram necessárias luvas para manusear os livros.
No ano passado, o recinto contou com 78 entidades participantes, distribuídas por 124 pavilhões.
Ana Luísa Amaral é a homenageada da edição deste ano
Como em todas as edições, a Feira do Livro do Porto volta a celebrar uma figura da literatura. A suceder a Júlio Dinis, a homenageada de 2022 é a poeta Ana Luísa Amaral
A organização explica o destaque nesta edição do festival literário por esta ser “uma das mais notáveis poetas, tradutoras e académicas portuguesas”, além de, apesar de natural de Leiria, ser uma “portuense de adoção”. Ana Luísa Amaral dizia, em janeiro, estar “profundamente feliz” pela distinção.
A Feira do Livro do Porto regressa pelo nono ano consecutivo aos Jardins do Palácio de Cristal. O evento, que já teve várias vidas ao longo das últimas décadas, repete o formato com organização da Câmara Municipal do Porto (CMP) e volta a trazer os livros e as livrarias da cidade à rua.
O evento transitou para a Avenida das Tílias, nos jardins, em 2014, já com Rui Moreira como presidente da Câmara, depois de em 2013 a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) se ter desentendido com a CMP, durante o executivo de Rui Rio. Na altura, a CMP não quis contribuir com o valor habitualmente estipulado de 75 mil euros. A autoridade municipal dizia que “era inviável o apoio financeiro excecional nos mesmos moldes e valores do que fora pago nas últimas quatro edições da Feira do Livro”, decorrente de um protocolo, assinado em 2009, a acordar o valor de 300 mil euros repartidos ao longo de quatro anos.
Esta alteração da Feira do Livro tem uma forte programação cultural paralela e tem recebido centenas de milhares de visitantes todos os anos.