Arrancou hoje (16) uma greve de professores que se vai prolongar durante os próximos 18 dias. Com início em Lisboa, a paralisação vai ocorrer por distritos

A convocação foi feita por uma plataforma que agrega oito organizações sindicais: a Federação Nacional de Professores (Fenprof), a Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL), a Pró-Ordem, o SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU.

Da capital, as paralisações prosseguem por ordem alfabética para Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Portalegre, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu e terminam no Porto, a 8 de fevereiro.

Durante o dia, centenas de professores concentraram-se na Praça do Rossio. José Feliciano Costa, presidente do Sindicato de Professores da Grande Lisboa e secretário-geral adjunto da Fenprof, adiantou ao jornal “Público” que, só no concelho de Lisboa, “32 escolas não abriram”. A nível distrital, de acordo com declarações dadas pelo secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira aos jornalistas na concentração, verifica-se uma adesão “superior a 90%”.

Seguindo o mesmo modelo, estão previstas aglomerações nas capitais dos restantes distritos, de acordo com o dia em que estiverem em greve.

Paralelamente à paralisação por distritos, somam-se duas outras ações. Desde 9 de dezembro (e com previsão de durar, pelo menos, até ao fim do mês), está a decorrer uma greve por tempo indeterminado, convocada pelo Sindicato de todos os Profissionais de Educação (Stop). Ademais, assinala-se uma greve parcial ao primeiro tempo de aulas, convocada pelo Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE), estando esta programada até fevereiro.

No cerne da mobilização estão algumas das propostas apresentadas pelo Ministério da Educação no âmbito da negociação da revisão do regime de mobilidade e recrutamento de pessoal docente. Além disso, voltam à ribalta problemas mais antigos, relacionados com a carreira docente, condições de trabalho e salariais.