Foi aprovada esta terça-feira (14), no Parlamento Europeu, a proibição de venda de carros novos ligeiros de passageiros e de mercadorias a combustíveis fósseis (gasolina ou gasóleo) na União Europeia (UE). A estratégia será aplicada a partir de 2035, com vista a ajudar no combate às alterações climáticas e acelerar o processo de transição para veículos elétricos.

Também as metas para reduções intermédias, até 2030, sofreram alterações – está agora determinado um corte de 55% nas emissões de dióxido de carbono para os veículos ligeiros vendidos, substituindo a que então vigorava, de 37,5%. Mais ainda, a meta intermédia das carrinhas, que na legislação atual estava nos 31%, é atualmente de 50% .

A lei faz parte de um conjunto vasto de políticas, incluídas no pacote “Fit for 55”, idealizadas para combater as emissões de gases com efeito de estufa. Para além das metas para 2035, a legislação impõe que, até 2055, os fabricantes alcancem um corte de 100% nas emissões de dióxido de carbono em todos os carros novos ligeiros vendidos na UE. 

Deste modo, nos 27 países da União Europeia, vai ser impossível vender veículos com motor de combustão interna. Segundo a Reuters, o acordo já tinha sido apresentado em 2021, mas alguns países e indústrias mostraram resistência. Nesse sentido, a redação da versão aprovada este ano conta com algumas particularidades que a flexibilizam. Entre elas está o facto de pequenas empresas (produtoras de menos de dez mil veículos ligeiros ou 22 mil carrinhas por ano) poderem negociar metas diferentes até 2036.

Apesar de o acordo entre os países da UE e os legisladores estar feito, é ainda necessário, antes da lei entrar em vigor, definir e aprovar formalmente as regras. Espera-se que a aprovação final seja em março.

Artigo editado por Ângela Rodrigues Pereira