Já foram regatadas 104 pessoas durante as operações de salvamento a decorrer ao largo da península do Peloponeso, dizem autoridades gregas. O número exato não é conhecido, mas sabe-se que estavam centenas de migrantes a bordo, vindos da Líbia.
Segundo a Guarda Costeira Grega, o navio de pesca que naufragou esta quarta-feira, na costa de Pylos, a sudoeste da região sul do Peloponeso, resultou em pelo menos 78 mortos, avança a Euronews, e dezenas de desaparecidos. Este é o terceiro incidente do género a decorrer na Grécia, desde o início de maio.
O barco terá virado e afundado durante a noite, estando em curso operações de busca e salvamento. Até ao meio-dia, foram resgatadas cerca de 104 pessoas – 100 dos quais já foram transportados para o porto de Kalamata, enquanto os quatro restantes foram encaminhados para o hospital local, por hipotermia.
As autoridades afirmam que a embarcação vinha de Toboruk, na Líbia. Não é conhecido, contudo, o número exato de pessoas a bordo, sabendo-se que seriam centenas. Informações divulgadas, via Twitter, pela organização não-governamental Aegean Boat Report (em português Relatório de Barcos do Mar Egeu), indicam que, de acordo com um relatório da linha independente Alarm Phone, poderiam ser mais de 700.
Death tolls has now raised to 59, and is expected to continue to increase throughout the day.
The survivors of the shipwreck, around 100 people, have arrived in Kalamata, they had been picked up by a Cayman Islands registered yacht named Mayan Queen IV.
Worrying report from… pic.twitter.com/UljVL1p6ay
— Aegean Boat Report (@ABoatReport) June 14, 2023
O barco, que ia em direção à Itália, foi avistado pela primeira vez na tarde desta terça-feira por um avião da Agência Europeia de Vigilância de Fronteiras, de acordo com as autoridades gregas. A guarda costeira afirma que os migrantes “recusaram receber ajuda”, manifestando querer prosseguir viagem.
O Mediterrâneo é uma das rotas de passagem mais procuradas por refugiados para chegar à Europa – de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), nos últimos nove anos (desde 2014), foram registados mais de 20 mil mortos no mar.
Também esta quarta-feira, um veleiro que carregava 80 migrantes, no largo de Creta, teve de ser resgatado pela Guarda Costeira Grega. Além deste incidente, morreram três refugiados num naufrágio no largo de Míconos, a dia 26 de maio.
Artigo editado por Ângela Rodrigues Pereira