O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou na Assembleia Municipal que o Centro Comercial Stop tem "um problema de vizinhança muito sério" e admitiu que a Câmara do Porto vai utilizar alguns dos espaços do Stop para o "viabilizar" como espaço cultural.

Centro comercial Stop reaberto e com intervenções concretizadas.

Centro comercial Stop reaberto com intervenções concretizadas. Foto: Fiona Valoi/JPN

O futuro do Centro Comercial Stop (CC Stop) esteve em debate, esta segunda-feira (19), durante a Assembleia Municipal do Porto, durante a qual Rui Moreira afirmou que a porta de emergência bloqueada é “um problema de vizinhança muito sério”, e garantiu que a Câmara do Porto está a “tentar resolver o problema”.

Porta de Emergência do Centro Comercial Stop entaipada

Porta de Emergência do Centro Comercial Stop entaipada Foto: Fiona Valoi

Em resposta a uma questão levantada pela deputada Susana Constante Pereira, do Bloco de Esquerda, o presidente da Câmara da Municipal do Porto (CMP) explicou que já foram feitas diligências junto do vizinho para demolir o muro que bloqueia a porta. O problema de base, justificou, é que se trata de “um  muro de escassa relevância urbanística, portanto, não tinha de ser licenciado. Vamos ter de encontrar ali uma solução.”

Já na última reunião do Executivo camarário de 29 de janeiro, o autarca tinha manifestado a sua satisfação pelas intervenções feitas no Centro Comercial. “A única questão que está por resolver está relacionada com a porta de emergência”, referiu já na altura.

O presidente da CMP visitou posteriormente o CC Stop, no dia 6 de fevereiro, acompanhado de Pedro Baganha, vereador com o pelouro do Urbanismo e Espaço Público, e de Ricardo Valente, vereador com pelouro das Finanças, Rui Moreira visitou alguns espaços, entre os quais as duas salas de cinema atualmente fechadas.

Ainda em resposta à deputada, Rui Moreira admitiu que a CMP vai “utilizar aqueles espaços e, assim, ajudar a viabilizar o centro comercial”. Além das salas de cinema, o autarca mencionou ainda que há a possibilidade de ocupar o espaço multiusos no piso superior, transformando-o num espaço de coworking para empresas. A câmara quer atrair para “ali um público que também densifique e dê corpo ao centro comercial”.

Rui Moreira reconheceu os esforços dos novos representantes dos proprietários do centro comercial, destacando os investimentos significativos realizados e melhorias estruturais como a instalação de portas de segurança, corta-sons, agulhetas, mangueiras e iluminação. “Está completamente diferente. Vê-se que houve um grande esforço,” acrescenta. 

O presidente da Câmara do Porto mencionou ainda, num conjunto de respostas, que o facto de o CC Stop manter as portas abertas nao inválida o projeto que a CMP tem para a Escola Pires de Lima que não será só para músicos:  “Vamos ter um conjunto de valências, e  não apenas a música, e um conjunto de respostas para quem quiser”, afirmou.

No final, deixou uma garantia: “A única coisa que quero fazer no Stop é impedir que feche. E espero estar cá o tempo suficiente para poder resolver”.

Com Nádia Neto

Editado por Filipa Silva