Num jogo em que levou três bolas ao poste, o Sporting saiu de Alvalade com um empate e a necessidade de vencer em Bergamo para passar à próxima fase.
O Sporting empatou com a Atalanta a uma bola no jogo da primeira mão dos oitavos de final da Liga Europa. Além das baixas previstas, os leões entraram em campo sem Hjulmand e Gyökeres, que foram poupados para os jogos da liga portuguesa.
Embora o jogo tenha sido no Estádio José de Alvalade, a Atalanta teve o domínio da partida – criou as melhores oportunidades, teve mais a bola e não sofreu muito perigo.
O Sporting começou forte no jogo. Trincão recebeu no terço defensivo, carregou a bola até ao campo da Atalanta e fez um grande passe para Paulinho, que abriu o marcador com um remate firme e rasteiro ao canto esquerdo do guarda-redes Juan Musso, aos 17 minutos. Nos minutos seguintes, a Atalanta começou a pressionar mais e acertou na trave duas vezes num intervalo de um minuto, com remates de Holm e Scamacca.
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A pressão da nerazzuri de Bergamo não parou e, aos 39 minutos, foi recompensada. Quaresma, do meio-campo, fez uma mau passe para o guarda-redes Franco Israel, que, embora tenha chegado à bola antes de Lookman, deu-a de presente para Miranchuk. O avançado russo passou com urgência a bola para Scamacca, que driblou Quaresma com frieza e rematou à baliza mal protegida dos leões. Dois erros do jovem central português custaram a vantagem sportinguista no marcador.
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Aos 59 minutos, a sorte sorriu novamente ao Sporting. Lookman recebeu a bola na entrada da grande área, fez uma finta desconcertante a Quaresma, limpou Coates da jogada e rematou a bola ao poste direito do guarda-redes dos leões para desespero dos adeptos italianos, que quase presenciaram um dos golos mais bonitos da competição. Dois minutos depois, o Sporting também foi travado pelo poste, após cabeceamento de Coates na sequência de um canto.
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No total, foram quatro bolas ao poste. Embora se possa dizer que o clube lisboeta estava sem alguns de seus principais jogadores, o mesmo pode ser dito do clube italiano, que não contou com Scalvini, De Ketelaere, Koopmeiners, Pašalic e Carnesecchi.
“Era mais sobreviver do que jogar”
Para o treinador dos leões, a equipa está “a baixar muito o ritmo de jogo”. “Quando baixamos a intensidade e o ritmo, não é porque eles querem. Não estamos com capacidade para manter o nível de dinâmica. Sente-se muito. Contra equipas deste calibre é difícil, mas levamos a eliminatória para Itália”, disse Amorim.
O calendário cheio não satisfaz o treinador, que demonstra preocupação: “A equipa sente muito. Uma coisa são ciclos de três dias entre jogos, outra é de dois dias. Mesmo rodando, sente-se a equipa cansada. Estamos nas competições todas. Senti, no jogo, que era mais sobreviver do que jogar e dividir a eliminatória.”
O treinador admite que teve “alguma sorte durante o jogo, com as bolas no poste”, mas ressalta: “Vamos com a eliminatória viva, não há golos fora e jogamos sempre para ganhar. Está tudo em aberto.”
O jogo de volta da eliminatória é já na próxima semana, na quinta-feira (14), às 20h00 em Bergamo. No domingo (10), o Sporting sai de Lisboa para enfrentar o Arouca, enquanto a Atalanta vai a Turim para defrontar a Juventus.
Editado por Filipa Silva