“Oppenheimer”, de Christopher Noland, conquistou sete estatuetas na 96ª edição dos prémios Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos. Um dos maiores derrotados da noite foi “Barbie” que conquistou apenas um dos oito óscares para os quais se encontrava nomeado.
“Oppenheimer”, de Christopher Noland, foi o grande vencedor da 96.ª edição dos prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos ao conquistar o óscar de Melhor Filme e mais seis estatuetas. A cerimónia, que se realizou este domingo (10) no Dolby Theatre, em Los Angeles, colocou frente a frente “Oppenheimer”, com 13 nomeações, “Pobres Criaturas”, com 11, “Barbie”, com oito, e “Anatomia de Uma Queda”, com cinco.
A primeira estatueta da noite – Melhor Atriz Secundária – foi entregue a Da’vine Joy Randolph por “Os Excluídos”. Este foi o único óscar atribuído ao filme de Alexander Payne.
A cerimónia durou mais de três horas, mas foi no fecho que “Oppenheimer” viria a deixar a sua marca. O filme, que foi um sucesso nas bilheteiras, conquistou os óscares de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Montagem, Melhor Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Banda Sonora Original, Melhor Ator Secundário, atribuído a Robert Downey Jr, e Melhor Ator, entregue a Cillian Murphy, que se tornou o primeiro irlandês a vencer nesta categoria.
Ainda que tenha conquistado menos estatuetas (quatro), “Pobres Criaturas” foi um dos maiores rivais da obra cinematográfica sobre a invenção da bomba atómica. O filme venceu nas categorias de Melhor Atriz, cujo prémio foi entregue a Emma Stone, Melhor Figurino, Melhor Maquilhagem e Cabelos e Melhor Cenografia.
Uma das surpresas da noite foi a derrota de Lily Gladstone na categoria de Melhor Atriz, uma vez que teria sido a primeira nativa americana a vencer a estatueta. Outro aspeto que marcou a noite foi a vitória de “American Fiction” na categoria de Melhor Argumento Adaptado, para a qual estavam também nomeados os filmes mais galardoados. Já o prémio de Melhor Argumento Original foi entregue a “Anatomia de uma Queda”, de Justine Treit e Arthur Harari.
Os maiores derrotados da noite foram “Barbie”, que conquistou apenas o óscar de Melhor Canção Original com “What Was I Made For”, de Billie Eilish e Finneas O’Connell, e “Assassinos da Lua das Flores” e “Maestro“, que não receberam qualquer prémio.
Entre os nomeados para Melhor Filme Internacional (“Dias Perfeitos”, de Wim Wenders, “Eu Capitão”, de Matteo Garrone, “A Sociedade da Neve”, de Juan Antonio Bayona, e “A Sala de Professores”, de Illker Çatak), “A Zona de Interesse”, de Jonathan Glazer, foi reconhecido com a a estatueta. O mesmo filme conquistou ainda o óscar de Melhor Som.
“O Rapaz e a Garça”, de Hayao Miyazaki e de Toshio Suzuki, foi distinguido com o prémio de Melhor Filme de Animação. Na mesma categoria estavam nomeados dois filmes da Disney, “Elemental” e “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso”, “Nimona” e “Robot Dreams”.
“A Última Loja de Reparações”, de Kris Bowers e Ben Proudfoot, foi reconhecida como Melhor Curta-metragem Documental. Já o prémio de Melhor Longa-metragem Documental trouxe para a cerimónia uma reflexão sobre a devastação que a Ucrânia sofreu, como consequência da invasão russa, através de “20 Dias em Mariupol”.
O início da noite ficou marcado pelo monólogo de abertura de Jimmy Kimmel, que apresentou a cerimónia pela quarta vez consecutiva. Nos próximos anos, poderão ser incluídas novas categorias, como a de Melhor Direção de Casting e a de Melhor Duplo.
Editado por Inês Pinto Pereira