Após o anúncio do fim do cessar-fogo por parte da organização separatista basca, o primeiro-ministro espanhol, José Luiz Rodriguez Zapatero, afirmou numa declaração no Palácio de Moncloa em Madrid que a ETA “tomou a mesma decisão que outras vezes no passado e agora, como então, a ETA volta a enganar-se”.

O governo espanhol, “com a força da lei e o Estado de direito, porá todos os meios para defesa da convivência, da liberdade e da segurança de todos os cidadãos”. É a resposta de Zapatero às ameaças da organização separatista basca. Esta é uma “resposta centrada nos valores democráticos, na aplicação do Estado de direito, na eficácia das forças de segurança e na cooperação internacional”, disse o chefe de governo.

Lembrou que Espanha é “um país forte”, mas prometeu manter a “busca da paz e da convivência” para o País Basco e para Espanha. Dirigindo-se aos cidadãos bascos, declarou ter feito o possível para “alcançar a paz” e sublinhou que ela só pode ser alcançada “com a renúncia completa à violência”.

O fim do cessar-fogo foi declarado por “não estarem reunidas as condições mínimas para prosseguir o processo de negociações”, que haviam sido iniciadas com o governo espanhol, justificou a organização separatista basca.

No entanto, na prática, o cessar-fogo já tinha sido violado quando, em Dezembro passado, a ETA realizou um atentado no parque de estacionamento do Aeroporto de Barajas, em Madrid.

Zapatero já contactou o líder do Partido Popular, Mariano Rajoy, para um encontro na próxima semana com o cessar-fogo como tema de discussão.