É um ponto de encontro entre novos talentos da cultura urbana e quer ser uma solução alternativa para quem procura inovar e mostrar o que vale. O brasileiro Beto Lago, mentor e criador do Mundo Mix, que decorre este sábado e domingo, no Porto, diz que 60 mil pessoas visitaram as últimas três edições do evento, cujo objectivo é “apoiar, acima de tudo, o trabalho de jovens elitistas, das áreas criativas de interesse para o grande público, que não tenham espaço nos locais mais comerciais”.
Beto Lago está à frente do projecto desde 1994, ano em que nasceu o Mercado Mundo Mix no Brasil. Em Portugal, todos os anos, são feitas quatro edições do evento. A Alfândega do Porto receberá a edição 2007 do Mundo Mix PT. Em edições anteriores, a feira de exposições esteve no Castelo São Jorge em Lisboa, em Lagos e na Cidadela de Cascais, onde cerca de 80 expositores apresentaram trabalhos inovadores, nas áreas da música, moda, design, ilustração e fotografia.
Esta edição vai contar com a presença de alunos do Centro de Formação Profissional da Industria Têxtil (CITEX), da Escola Superior Artística do Porto (ESAP) e da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa (FAUTL), que vão mostrar os seus trabalhos.
Solidariedade
“Vamos ter novos talentos na área musical, assim como uma área destinada às crianças, onde poderão se divertir ao mesmo tempo que aprendem. Para além disso, todos as edições reservam algumas novidades que só no momento serão desvendadas”, afirma Catarina Guerra.
O CD “Mundo Mix PT: Mercado”, coordenado por Xana Guerra, que estará a venda por 5 euros, terá o valor revertido, na íntegra, para a Operação Nariz Vermelho, projecto social sem fins lucrativos que atende crianças hospitalizadas, através de “doutores palhaços”. “É um evento multicultural”, confirma Beto Lago.
Apesar de, segundo a organização, o evento ter maior adesão em Lisboa do que no Porto, os responsáveis esperam que o Porto acompanhe a tendência lisboeta e faça deste evento um momento marcante na cultura do Norte. A entrada é gratuita.