A CCDR-N (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte) anunciou, esta quinta-feira, as suas apostas para o desenvolvimento da região para o período 2008-2010. A iniciativa, denominada “Agendas Temáticas Prioritárias 2008-2010” fica marcada por uma abertura ao estrangeiro.
Carlos Lage, presidente da CCDR-N, considera que “para a região Norte, exportar é viver”. A comissão elaborou um conjunto de planos de acção que “permitam às empresas ter capacidade para se internacionalizar”.
A comissão deseja ser um parceiro das empresas nortenhas no sentido de implementar as melhores práticas internacionais e seguir os exemplos de regiões que já tiveram sucesso. As linhas gerais do programa passam por uma aposta na qualificação das empresas.
Em declarações aos jornalistas à margem da conferência de imprensa de apresentação do programa, Paulo Gomes, vice-presidente do organismo, apontou o défice de qualificação como “uma das principais razões para o baixo crescimento da região Norte”. Paulo Gomes salienta a aposta em “áreas com elevadas potencialidades, como o turismo”, para atenuar a crise.
O objectivo é promover as exportações e atrair investimentos do estrangeiro. As medidas são uma forma de revitalizar a economia nortenha que cresce a um ritmo inferior à do resto do país. Paulo Gomes prevê que “em 2010, o Norte cresça um por cento acima da média nacional”.
69,3 milhões de euros do FEDER para o Norte
A fase de candidaturas para a atribuição de financiamentos iniciou-se, ainda, esta quinta-feira. O concurso vai distribuir 69,3 milhões de euros vindos do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional por três áreas de incentivos: Pequenas e Médias Empresas, Inovação e Investigação&Desenvolvimento Tecnológico. Carlos Lage destacou a importância das ajudas atribuídas às novas tecnologias que constituem “um impulso à regeneração e ao despertar da economia regional”.
Carlos Lage deixou ainda a ideia de que a CCDR-N se prepara para lançar um novo departamento com o objectivo de “atrair investimento do estrangeiro”.