Os Uxu Kalhus surgiram em 2000, integrados no festival Andanças. A motivação para iniciarem a banda de “trad-folk-rock”, revela o flautista da banda, Paulo Pereira, foi “um convite de um festival em França, para irmos mostrar danças portuguesas”. Desde aí, o projecto foi promovido “boca a boca” e hoje já dá mais de 50 concertos por ano, tanto em Portugal como no estrangeiro.

O grupo tem uma conta no Twitter, apenas um dos eixos da aposta do grupo “em todas as plataformas possíveis” da Internet, como refere Paulo Pereira. A escolha deste meio não foi consciente, mas sim “uma escolha natural”, porque a Internet não é “completamente democrática”, admite o flautista, mas “abre portas que, de outra forma, não se abririam”.

Paulo Pereira admite que a utilização da World Wide Web pelos grupos musicais ainda não é “tão normal como isso, mas deveria ser” porque, segundo o músico, “poupa-se muito dinheiro” utilizando a Internet na promoção de qualquer iniciativa.

Ao contrário de diversas figuras da música, tanto a nível nacional, como internacional, os Uxu Kalhus não vêm os downloads ilegais como um problema, porque “as pessoas que gostam de comprar cd’s, vão comprar na mesma”, diz, Paulo Pereira, que culpa a crise, e não os downloads pela diminuição nas vendas de álbuns.

O flautista acredita numa adaptação da indústria musical aos novos desafios colocados pela Internet, especialmente na “maneira como se leva a música às pessoas”, que terá de ser diferente e que encontrará na Internet “uma ferramenta poderosíssima”.