Com dez anos de existência celebrados a 29 de Abril deste ano, o “Blá Blá”, primeiro chat a aparecer em Portugal, quer renovar-se para a próxima década.

O apelo à renovação vem do próprio criador, Armando Baptista, que abriu um blogue para se discutirem ideias para a nova “versão” do “Blá”. “Vamos encerrar as comemorações [do aniversário] daqui a uns dias com o lançamento de um convite à comunidade para que nos ajude a fazer crescer o serviço e para que nós possamos melhorar”, adianta Armando Baptista.

Os cerca de 30 mil utilizadores do “Blá Blá” estão a ser desafiados a contribuir com ideias para a reformulação do site. As propostas vão ser divulgadas brevemente no blogue criado por Armando Baptista.

Conhecido também como Bladimir, o serviço de comunicação da aeiou é constituído por várias salas de conversação separadas por temas. O balanço dos dez anos de existência é “obviamente positivo”, declara o criador do chat. “Tem uma comunidade de utilizadores muito fiel e numerosa”, acrescenta. O “Blá Blá” tem, por mês, de acordo com Armando Baptista, cerca de 280 mil visitantes (registados e não registados) diferentes.

“É mais do que um serviço, é uma comunidade”, assinala Armando Baptista destacando que o crescimento do Blá Blá não parou com a chegada de outros webchats como o Messenger.

“É um chat que vai dos 15 aos 80 anos”, descreve quem frequenta uma das muitas salas cheias do Blá Blá. Curiosidade: A utilizadora mais velha do Blá Blá tem 82 anos.

“O ‘Blá’ não se resume a “engates”

Andrea Duarte está registada no “Blá Blá” desde o ano 2000. Para a utilizadora, o web chat da aeiou tem como pontos positivos “as pessoas que o frequentam e a diversão que proporciona”. Andrea Duarte descreve o “Blá Blá” como uma “mini sociedade virtual onde se encontra de tudo em termos de personalidades humanas”.

Já Maria João é uma utilizadora mais recente. Está no “Blá Blá” desde 2006. A utilizadora desmistifica o que se diz do primeiro webchat português quando revela ao JPN “que não se resume a engates e homens ou mulheres desesperados/as”. Como aspecto negativo, alerta para a atenção dos administradores ao que se passa no “Blá Blá”.

Joana Moça frequenta o “Blá Blá” há seis anos. “É um local onde muitas e muitas pessoas se “cruzam” e muitas delas acabam por entrar na nossa vida”, descreve a utilizadora. A ocupação do tempo livre e a criação de “laços de amizade” são outros dois aspectos realçados por Joana Moça.