10h00. Depois de alguns minutos de descanso, as vacas são novamente chamadas ao serviço. Desta vez é para ir, com o carro de bois, buscar lenha.

Alcides tira as vacas do curral, leva-as para um coberto, onde guarda todos os utensílios agrícolas, e põe-lhes a canga de madeira sobre o pescoço. No meio encaixa o cabeçalho do carro, também de madeira. As rodas são de ferro, assim são mais resistentes.

O carro tem uma caniça à volta, feita de vimes grossos apanhados nas terras. Alcides tira-a e só leva os “fogueiros”, uma espécie de paus finos que se põem à volta do carro para amparar a lenha. Seguem, então viagem para o monte.

À chegada, Alcides tira as vacas da frente do carro e amarra-as a uma árvore. Cheira a eucalipto. Entretanto, Alcides e Adília “esgalham” alguns paus com o machado e a foice. A custo lá os conseguem empilhar em cima do carro. Alguns são muito grossos e pesados. A filha, como sempre, ajuda o casal, que já está casado há mais de 50 anos. Passados uns minutos já o carro está cheio. É hora de voltar para casa. Já têm lenha para se aquecerem pelo menos por uns tempos, mas ainda é preciso serrá-la em “tarolos”.

Segue-se a matança do porco. Alcides precisa do carro limpo. Passa-o por água e vai almoçar.