Rui Lourenço trabalha em mais que um projecto, simultaneamente. As novas tecnologias e as redes sociais são o seu mundo. Second Life, Facebook, Twitter… para ele, nenhuma destas plataformas tem mistérios. Foi no dia 27 de Abril de 2007 que se apaixonou pela Web 2.0, após publicar o seu primeiro vídeo no Youtube. Apesar disso, Rui não deixa de destacar o Second Life como uma rampa de lançamento para tudo o que sabe hoje.

Actualmente, Rui Lourenço desenvolve projectos no mundo virtual e é especialista em novos média. Desenvolve a página nas redes sociais de Tim, dos Xutos e Pontapés, de Rodrigo Leão, assim como do festival Ar de Rock. Para além disso, a ilha da Presidência da República no Second Life é da sua autoria. Trabalha, ainda, nos CTT, na área de multimédia. Para o news media specialist, a Web 2.0 é transversal a várias áreas. Esta é a grande aposta de Rui, que acredita que as redes sociais podem ajudar a acabar com a crise.

Qual é a sua formação académica ou profissional?

Acabei o 12.º ano e fui trabalhar. Fui para carteiro. Fui sempre interessado nestas coisas e até trabalhei noutros sectores da empresa. Depois, as novas tecnologias foram surgindo e não eram ensinadas na faculdade. Tudo o que sei fui aprendendo online, com pessoas de outros países. A minha situação actual deriva da experiência, do “comunicar”. Mas, essencialmente, vem do verificar o que se passa lá fora, do aprender online.

Põe de parte a hipótese de entrar na faculdade?

Não, de forma alguma. É uma mais-valia para o meu futuro. O meu problema agora é encaixar a faculdade do meu horário. Por um lado há vantagens, pois o facto de não ter andado na faculdade não me formatou. Isso acontece muito nas universidades em Portugal: as pessoas ficam amarradas. Como aprendi de fontes diferentes, a imaginação e vontade de fazer coisas novas é mais livre. Mas claro que não acho mal andar na faculdade. Aliás, mal tenha oportunidade, é o que vou fazer.

Está envolvido em projectos distintos, que vão desde a música à política. É uma pessoa polivalente ou ecléctica?

Acho que sou um rapazito que gosta de fazer muita coisa ao mesmo tempo. Tenho um grande leque de gostos. Cada empresa, instituição ou figura pública tem uma estratégia muito própria que tem que ser montada, preparada. Acho que consigo adaptar as tecnologias e estratégias multimédia para pessoas muito diferentes. Em cada projecto ponho sempre um pouco de mim. Ponho sempre um bocadinho de paixão nas coisas e só entro em projectos em que acredito.

O que podemos esperar do seu discurso na Switch Conference?

Baseado na experiência que tenho, e tendo em conta o momento que atravessamos, vou tentar explicar de que forma podemos utilizar as redes sociais e as ferramentas multimédia para ajudar Portugal a sair da crise. Apesar de elas não tirarem o país da crise, acredito que elas podem dar o seu contributo para ajudar Portugal a sair da crise.