Em declarações à Lusa, António Sousa Pereira, atual diretor do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), disse que Nuno Grande “foi a figura carismática que esteve na origem do ICBAS”. Nuno Grande morreu esta segunda-feira, aos 80 anos, vítima de complicações cardiovasculares e neurológicas.

Nasceu em 1932, em Vila Real, tendo mais tarde rumado ao Porto, onde se formou na Faculdade de Medicina (FMUP), com 19 valores. Em 1965 doutorou-se, com a mesma classificação. No entanto, Portugal não foi o único país em que aplicou os seus conhecimentos científicos. Por exemplo, em 1970, enquanto esteve militarmente destacado na antiga colónia de Angola, foi eleito presidente do Conselho Regional da Ordem dos Médicos, em Luanda.

Depois do 25 de Abril de 1975 foi o principal empreendedor para a fundação do ICBAS, onde também foi diretor do Departamento de Anatomia e regente da cadeira de Anatomia Sistemática. O governo português condecorou-o com o grande oficialato da Ordem da Instrução Pública.

O funeral deverá decorrer, esta quarta-feira, às 11h, da Igreja do Foco, no Porto, para o cemitério de Matosinhos.