O Estádio do Dragão tem funcionado como uma fortaleza para a “equipa das quinas”, exceção feita ao primeiro jogo lá disputado com a Grécia, na abertura do Euro 2004. Daí para cá, somam-se três vitórias e dois empates, sendo que um deles garantiu a qualificação de Portugal para o Euro 2008, realizado na Áustria e na Suíça.

A “nova” casa do FC Porto, inaugurada em 2003, assume-se como um verdadeiro talismã nos momentos mais importantes da Seleção. Foi lá que, algumas vezes, se definiu o futuro da equipa nacional e se assistiu a jogos empolgantes, com três ou mais golos. Neste aspeto, o saldo entre golos marcados e sofridos é bastante positivo, com as redes da baliza do adversário a abanarem o dobro (12-6) das de Ricardo, Quim, Eduardo e Rui Patrício (os guarda-redes que jogaram pela Seleção, no Dragão).

Esta é uma tendência que se mantém desde o tempo do Estádio das Antas, que recebeu a equipa lusa desde o ano da sua inauguração, em 1952. Antes desta data, os jogos da Seleção, na Invicta, realizavam-se no Campo do Lima e no Campo do Ameal, que nunca foram morada oficial do FC Porto.

O Dragão presenciou

Pauleta destrona Eusébio, com 42.º golo –Ronaldo marca pela 1.ª vez na Seleção
Pepe cumpre primeira internacionalização

Números e curiosidades

Nas Antas, Portugal jogou por 32 vezes e só em quatro conheceu o sabor da derrota. Conta 18 vitórias e 10 empates entre encontros de qualificação para competições internacionais e amigáveis. Tal como no Estádio do Dragão, o número de golos marcados é o dobro do número de golos sofridos (54-27).

Mas, para Paulo Bento, este Dragão pode ser considerado um verdadeiro talismã, visto que na estreia como selecionador, em 2010, venceu a Dinamarca por 3-1 e, um ano depois, venceu a Islândia por 5-3. Fator comum nestes dois jogos é o “bis” de Nani, que, sempre que é titular no Dragão, marca dois golos.

Um lugar para fazer história

Na (ainda) curta memória deste estádio fica a queda do recorde de golos de Eusébio na Seleção, quando Pauleta bisou frente à Letónia (3-0), em Outubro de 2005, e apontou o 42.º tento com as quinas ao peito; a estreia de Cristiano Ronaldo a marcar por Portugal (1-2 com a Grécia); e a primeira internacionalização do luso-brasileiro Pepe.

Muito provavelmente, quando Thorsten Kinhöfer apitar, esta terça-feira, às 20h45, para o início do Portugal-Irlanda do Norte, a contar para a qualificação do Mundial 2014, o lotado Estádio do Dragão vai testemunhar mais um feito: o jogo 100 de Ronaldo pela Seleção Nacional. É nele que recaem as esperanças para apagar a derrota de sexta-feira, diante da Rússia (1-0).