As atividades extra-curriculares, muitas vezes dispendiosas, também dão, várias vezes, lugar a trabalhos remunerados.Rui Teixeira tem 21 anos e estuda Economia na Universidade Lusófona do Porto. Durante o dia aprende a gerir dinheiro mas é de noite que o ganha, enquanto trabalha como Disco Jockey. Nos últimos tempos, esse trabalho tem sido essencial para pagar as propinas e poder comprar o material.

Estudar e trabalhar é possível mas exige muito esforço e organização. Trocar aulas, dormir menos e abdicar de algumas atividades já são rotinas que fazem parte desta opção. Por vontade própria, Rui nunca teria de escolher entre ser economista ou ser DJ, mas admite a possibilidade de se dedicar à música se o mercado de trabalho o afastar dos números.

É preciso saber dosear o ócio e o negócio

Habituado às pistas, Rui já passa música desde os 13 anos mas sente sempre o peso da responsabilidade. Em frente à mesa de mistura, há um trabalho para cumprir e é preciso garantir que todos os clientes se divertem.

A alternância entre estilos de música e a leitura de pista são a chave para uma boa noite, onde o gosto pessoal passa segundo plano. “Tenho de me adaptar ao público”, refere o DJ.

O que é certo é que esta área, que Rui já vai dominando mesmo sem ter formação específica, pode um dia vir a ser uma alternativa ao curso que frequenta. Para já este futuro economista sente-se realizado e até já tem projetos na gaveta. Ainda assim, espera-se que o futuro também passe pelo curso, que tanto lhe custou a pagar.