Mandela faria anos e esta data não passa em branco. Esta sexta-feira, a Casa da Música une-se à Ordem do Mérito das Índias Orientais e à Fundação Hilti para concretizar o último desejo do líder da luta contra o apartheid: no dia do seu aniversário, 18 de julho, todos devem dedicar 67 minutos do seu tempo – não fossem 67 os anos que Mandela lutou pela sua causa – a fazer do Mundo um sítio melhor.

E 67 minutos é precisamente o tempo que durará o concerto de Mesa e Luís Represas, convidados pela instituição a unirem-se a esta causa. Começa às 22h e a parte melhor vem no fim: o dinheiro angariado (a entrada custa 15 euros por pessoa) reverterá para o Nelson Mandela Children’s Hospital, na África do Sul – o primeiro hospital pediátrico no continente africano.

Evento conta ainda com o jornalista António Mateus e as imagens de João Silva

Antes disso, às 21h30, é apresentada a iniciativa e o Dia Nelson Mandela pelo jornalista e escritor António Mateus. E este não é, desde logo, um jornalista qualquer: António trabalhou em África durante 16 anos e acompanhou Nelson Mandela durante uma década, como correspondente na África do Sul – desde a libertação à retirada da vida pública ativa do líder africano. No currículo, tem publicados dois livros sobre o antigo presidente da África do Sul.

O evento acontece na sala 2 e conta ainda com a exposição do fotógrafo João Silva, “português que se notabilizou pelo trabalho realizado em cenários de guerra e que acompanhou o fim do apartheid na África do Sul”, em trabalho para o New York Times.

“Em 2010, João Silva ficou gravemente ferido num acidente com uma mina e teve de amputar as duas pernas. Continuou a fotografar após o acidente, sendo considerado um dos melhores fotojornalistas de guerra”, lê-se em comunicado da Casa da Música.