A primeira fase de candidaturas ao Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior abre já na quarta-feira e todos os dados podem ser relevantes na hora de fazer escolhas sobre o percurso a seguir.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior tem online, desde 2014, uma ferramenta de apoio à tomada de decisão. No portal Infocursos, os estudantes interessados em seguir estudos no Ensino Superior podem consultar vários indicadores.
Para cada licenciatura e mestrado integrado de todas as universidades e politécnicos, o Infocursos dispõe de dados estatísticos sobre: vias de ingresso seguidas na entrada desse curso; o percentil médio das notas de entrada; como se distribuem os alunos em termos de sexo, idade e nacionalidade; se se mantiveram ou abandonaram o curso ao fim de um ano; qual a média das classificações finais dessa formação e ainda a taxa de desemprego registada entre os diplomados desse curso.
A plataforma, cujos valores são revistos todos os anos, apresenta a versão mais atual desde a última sexta-feira.
Ao nível nacional, e de acordo com os dados recolhidos pela Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência destaque para a descida do indicador de abandono do curso ao fim de um ano nas licenciaturas do Ensino Público: passou de 10,3% em 2015 para 8,7% nos dados divulgados este ano; e ainda para a diminuição da percentagem de alunos inscritos num centro de emprego um ano depois do término do curso: de 8,6% em 2015 passou para 7,2% em 2017. A percentagem baixou ainda muito entre diplomados pelo Ensino Privado (de 12,7% para 5,4%), sendo que a quota deste setor no total de inscritos em Portugal ronda os 16%.
No caso da Universidade do Porto, a taxa de desemprego média das licenciaturas e mestrados integrados ronda os 7,2%, na linha do valor nacional do Ensino Superior Público. O Mestrado Integrado em Psicologia continua a ser aquele com taxa mais elevada, com 18,6% dos diplomados inscritos num centro de emprego um ano após a conclusão do curso. Esta percentagem significa ainda assim um melhoramento face aos dados anteriores, nos quais a taxa rondava os 24%. Com taxa de desemprego zero apresentam-se, como até aqui vem sendo habitual, os cursos de Medicina.