É conhecida a escassez de alojamento disponível a preços acessíveis e com boas condições que responda à procura dos que escolhem o Porto para estudar. Os jovens têm, assim, de recorrer a residências universitárias – cuja oferta é muito limitada – ou de viver bastante longe do seu local de estudo. 

Atentas à falha do mercado habitacional, surgem mais e melhores residências universitárias privadas, localizadas no coração das cidades e com serviços que se podem considerar de luxo. Milestone Porto Asprela, Porto Alto, SPRU Porto ou a Collegiate Porto Campus são exemplos de cadeias que se instalaram na cidade do Porto, mas a mais recente a abrir portas foi a residência da Livensa Living na Boavista, inaugurada há uma semana.

Esta é já a segunda residência que a empresa abre na cidade Invicta e a sexta na Península Ibérica. A primeira que abriram em Portugal, a Porto Campus, no polo universitário da Asprela, tem capacidade para 723 estudantes. A da Boavista acrescenta 382 camas, fazendo ultrapassar as 1.100 camas de oferta na cidade.

A residência da Boavista, que o JPN visitou, dispõe de salas de estudo (individuais e coletivas), uma biblioteca, um ginásio, uma piscina aquecida, cozinhas comunitárias, entre muitos outros espaços comuns. Também os quartos, totalmente equipados, concedem a esta residência a comodidade que muitos procuram.

Para quem visita o espaço recém-criado, é fácil perceber o planeamento que visa oferecer aos estudantes mais do que uma casa, uma experiência de luxo.

Nos pisos superiores encontramos os quartos, bem como dois rooftops e cozinhas comuns, e nos dois pisos inferiores as áreas comuns de estudo, a biblioteca, o jardim, a piscina e o ginásio.

“Esta nova residência tem também uma novidade em relação à de Porto Campus, as paredes de escalada”, informa Carla Mendes, gerente de Vendas e Vida Estudantil da Livensa Living Porto.    

No entanto, não são apenas os confortos materiais que atraem os jovens universitários. Em conversa com o JPN, Carla Mendes afirma que “muitos pais procuram a Livensa preocupados com o isolamento dos filhos ao viver em apartamentos”.

A responsável sublinha que neste tipo de residências cria-se um espírito de união quase familiar entre os residentes, para além do staff que se encontra presente a qualquer hora: “temos sempre alguém presente na residência que os pode ajudar a qualquer hora, quer estejam doentes, precisem de medicação ou até mesmo só para falar”, conta ao JPN.

Quando falamos de preços, a experiência Livensa não está ao alcance de muitos. O quarto individual mais barato ronda os 700 euros mensais. Contudo, este ano, e no contexto de crise económica gerada pela crise pandémica, a cadeia de residências decidiu executar uma série de campanhas promocionais. É disso exemplo o desconto de 14% para todos os estudantes e ainda, devido à COVID-19, permitir a estadia individual num quarto partilhado pelo preço normal de uma unidade deste tipo (500 euros mensais).

Sem revelar números relativos à ocupação, a responsável garante, contudo, que “a procura aumentou”, facto que atribuiu à procura dos pais por garantias de higiene e segurança mais estritas relacionadas com a COVID-19.

Quanto ao perfil dos residentes, Carla Mendes refere, tomando a residência da Asprela por exemplo, que esta é frequentada maioritariamente por estudantes nacionais (60%), muito embora tenha chegando a ter mais de 30 nacionalidades na unidade.

Além da Boavista, a cadeia de residências abriu a sua primeira unidade em Lisboa, na zona de Entrecampos, e planeia para o próximo ano a sua estreia em Coimbra. O objetivo é, no “curto-médio prazo” ter 19 residências a funcionar na Península Ibérica, num total de 10 mil camas.

Artigo editado por Filipa Silva