A Task-Force da Universidade do Porto (UP) para a COVID-19 pronunciou-se sobre o novo confinamento decretado pelo Governo para considerar que este não implica “alterações substanciais das atividades académicas”. Em comunicado oficial, enviado esta quinta-feira à comunidade da UP, o grupo de trabalho afirma que as aulas “poderão continuar a decorrer, de acordo com a legislação em vigor”.

Apesar do ensino superior manter o regime presencial, o comunicado aponta que é recomendada a “suspensão da realização de eventos, atividades desportivas e atividades culturais” nas instalações da Universidade do Porto. Já as “bibliotecas, salas de estudo, reprografias e serviços de alimentação”, vão manter-se funcionais, cumprindo as normas sanitárias.

A Task-Force reconheceu que ainda existem dúvidas quanto à necessidade de apresentar uma declaração que justifique as deslocações às instituições do ensino superior. Por isso, relembrou que a UP criou “um sistema automático de emissão da declaração”.

Os trabalhadores da instituição podem descarregar a sua declaração na página pessoal do sistema SIGARRA, no menu “Recursos Humanos” (submenu “Declarações”). Qualquer estudante pode aceder à declaração na sua página pessoal do SIGARRA, selecionando o curso em que se encontra inscrito. O documento está acessível a partir do menu “Declarações”.

Também a Federação Académica do Porto (FAP) reagiu às medidas anunciadas pelo Governo para combater a pandemia. Em comunicado enviado às redações, a estrutura representativa dos estudantes da academia do Porto afirma que o ensino presencial deve ser “a exceção e não a regra”.

Garantir e salvaguardar a saúde dos estudantes e das suas famílias é a prioridade, sendo também necessário que ninguém saia prejudicado no seu percurso académico”, referiu o comunicado.

Para a FAP, “as instituições de Ensino Superior devem garantir as devidas condições para realizar avaliações em segurança”, que “deviam ser adaptadas para meios online“. A Federação afirmou ainda que “os estudantes não foram ouvidos, nem tiveram oportunidade de expor a sua opinião“, sobre a manutenção do ensino presencial no ensino superior.

Quarta-feira, o primeiro-ministro António Costa anunciou que o país ia voltar ao confinamento geral, a partir desta sexta-feira (15). No entanto, ao contrário do que aconteceu no confinamento de março e abril, os “estabelecimentos escolares, creches, universidades e politécnicos permanecem em funcionamento em regime presencial, tendo em conta o impacto de um novo encerramento das atividades educativas nas aprendizagens e no futuro das crianças e jovens”, refere o decreto governamental entretanto publicado.

Artigo editado por Filipa Silva