Inspirado pelos fotógrafos norte-americanos Lewis Baltz (1945-2014) e Stephen Shore (1947) e pelo português Paulo Catrica (1965), o aluno procurou registar paisagens urbanas de forma minimalista.

Ao livro “Simplesmente, Porto” (Edições Afrontamento, 2020), do historiador portuense Hélder Pacheco, foi buscar referências para fixar o olhar: dos números de porta às janelas, passando pelos bancos de jardim.

À estética a preto e branco escolheu-a para dar ênfase ao esquecimento a que votamos o banal quotidiano e para “transmitir um sentimento de vazio” acentuado pela quase ausência de figuras humanas. Mais do que pessoas, é a arquitetura quem habita boa parte das cenas registadas.

Neste mosaico, a vista estreita-se mais do que se expande, entre becos, escadas e ruelas, numa espécie de anti-postal do quatidiano.

 

Texto editado por Filipa Silva