A quinta edição do Festival Dias da Dança de 2021, decorre de 20 a 30 de abril. Os espetáculos acontecem de forma presencial entre os municípios do Porto, Matosinhos, Vila Nova de Gaia e, pela primeira vez, estará presente em Viana do Castelo.

O Festival DDD regressa também em formato online, com um total de 21 apresentações, de 16 artistas nacionais e cinco internacionais.

A edição de 2021 arranca presencialmente a 20 de abril com a estreia do “Bate-Fado”, da dupla de artistas portugueses Jonas e Lander, às 19 horas no Teatro Municipal Rivoli, no Porto. No mesmo dia, às 22 horas, a abertura da sala virtual do DDD conta com o espetáculo “Room with a View”, uma das estreias nacionais do festival, que também será transmitida em sinal aberto, no dia 24 de abril, pela RTP2.

O programa internacional do DDD deste ano, em função das restrições impostas pela pandemia da Covid-19, acontecerá, predominantemente, de forma virtual, sendo “Please Please Please” a única exibição internacional que se estreia no palco do Teatro Carlos Alberto, no Porto, nos dias 22 e 23 de abril.

Para comemorar o Dia Mundial da Dança, a 29 de abril, para além dos vários espetáculos disponíveis na sala virtual, vai ser dado foco a duas criações que sobem ao palco. A estreia de “Viaduto” do performer e coreógrafo brasileiro Renan Martins, às 19 horas no Auditório Municipal de Gaia e a apresentação de “Os Três Irmãos”, de Victor Hugo Pontes, em colaboração com Gonçalo Tavares, no mesmo horário, no Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana do Castelo.

O programa encerra no dia 30 de abril com a apresentação ao vivo de “Siri“, de Jorge Jácome e Marco da Silva Ferreira, no Teatro Campo Alegre às 19 horas, com exibição online às 21h30 do espetáculo “North Korea Dance“, da coreógrafa sul-coreana Eun-Me Ahn, através do Facebook e do site do festival.

As exposições também realizam-se de modo presencial e online. “PARA UMA TIMELINE A HAVER”, um retrato da genealogia da dança enquanto prática artística em Portugal entre os séculos XX e XXI, vai estar disponível a partir entre 22 de abril e 11 de julho, em Serralves.

Através do site do festival, de forma gratuita, entre os dias 20 a 30 de abril, pode-se acompanhar o projeto virtual “POROMECHANICS” de Catarina Miranda, que consiste numa coleção de vídeo-retratos de diferentes artistas.

No que toca a conversas, residências artísticas e masterclasses online, o DDD de 2021 propõe, nos dias 24 e 25 de abril, um ciclo de debates intitulado “Dança Iminente“, com a presença de artistas, jornalistas na condição de moderadores e participantes de outras áreas do conhecimento para um debate amplificado sobre as temáticas que envolvem o festival e a atualidade.

Enquanto residentes estão três coreógrafos-intérpretes: Flávio Rodrigues, Raul Maia e Thiago Granato, que vão desenvolver um trabalho de pesquisa, investigação e experimentação, disponível no site do festival, à medida que partilham os seus progressos diários, em formato de vídeos, textos e som.

As masterclasses vão funcionar como um complemento aos espetáculos, com sessões que se orientam com base em alguns dos espetáculos do cartaz, sendo realizadas ao longo dos dias 21, 25 e 26 de abril. Devido ao cenário pandémico atual, não se vão realizar as festas de abertura e encerramento em modo presencial, mas sim em formato online.

Os bilhetes para as apresentações estão à venda na Bilheteira Central do Teatro Municipal do Porto a partir de 19 de abril. Os preços variam de 3,50 euros para os espetáculos online e nove euros para os presenciais.

A edição tem como foco os artistas nacionais, segundo Rui Moreira, em conferência de imprensa promovida pela equipa do DDD. A organização do festival procurou a “difusão do trabalho artístico por múltiplos telespectadores, no país e em diferentes pontos do globo, algo essencial nesse tempo que vivemos e na promoção do acesso a cultura, que se reveste na enorme importância no que diz respeito a disseminação e difusão do trabalho dos artistas portugueses além de fronteiras”, disse o presidente da Câmara Municipal do Porto.

Através de um novo formato da plataforma online do festival, na tentativa do site não corresponder apenas ao palco online, mas também estender-se para um espaço de divulgação e perceção a nível nacional e internacional, para além da região metropolitana em que a edição decorre.

Em resposta ao JPN, o diretor artístico do festival, Tiago Guedes, acredita que o país passará “a terceira fase do desconfinamento e que os teatros poderão abrir no dia 19”, permitindo assim a realização dos eventos presenciais do festival. Sobre alternativas, caso as salas de espetáculo não abram, nada foi dito.

Artigo editado por João Malheiro