Na Póvoa de Varzim, há um local onde os afetos, o abrigo e o sentido de família estão presentes. No Movimento de Apoio de Pais e Amigos ao Diminuído Intelectual (MAPADI), existem 12 casas criadas para acolher pessoas com deficiência, onde a independência é a chave. Esta é a primeira de uma série de reportagens que o JPN volta a dedicar ao tema "Comunidades".
Na freguesia de Terroso, na Póvoa de Varzim, existe um espaço seguro para cidadãos com deficiência. O MAPADI, Movimento de Apoio de Pais e Amigos ao Diminuído Intelectual, de Terroso, é constituído por um Lar Residencial e por 12 casas, onde habitam 24 pessoas com défice intelectual, mas que são capazes de manter a sua autonomia.
Explora o mapa interativo para conhecer o MAPADI.
José Luís é o coordenador técnico do MAPADI do polo de Terroso. O “paizinho”, como é conhecido pelos moradores, mantém o equilíbrio da comunidade e preenche um vazio que muitos sentiam antes de ali chegarem. “Eles estavam sedentos de ter um porto de abrigo, de afeto, de estabilidade”, conta.
O trabalho aqui desenvolvido não é meramente o de oferecer uma casa. Passa também por dar ferramentas aos que ali moram para aprenderem a viver e a conviver com os outros. “A residência autónoma também pode funcionar como laboratório de ensaio para se criarem dinâmicas, para se criarem aprendizagens, para se criarem ritmos de vida que os levem, um dia, a viverem noutro contexto”, esclarece o coordenador.
António Ramalho, presidente da direção do MAPADI, explica que o objetivo da instituição é “potenciar as capacidades do cidadão com deficiência e dar-lhe alternativas, em função das suas necessidades no seu percurso normal de formação, de escolaridade e de empregabilidade”.
Mas, afinal, o que é o MAPADI?
O MAPADI, uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), divide-se em dois pólos: a sede, no centro da Póvoa de Varzim, e o polo de Terroso. Este polo, com mais de 35 mil metros quadrados, é onde se encontram as residências autónomas e conta com cerca de 30 trabalhadores.
Para viver nestas casas, é necessário que o “cliente” (denominação dada pela Segurança Social aos moradores das casas) possua alguma deficiência intelectual, de qualquer grau, mas que consiga manter a sua independência: viver sozinho, realizar as tarefas domésticas e saber viver em conjunto.
Para além disso, a maior parte dos habitantes não tem retaguarda familiar, seja por falecimento de algum parente, ou por incapacidade familiar ou financeira. De acordo com José Luís, os moradores, “para além dos problemas associados à condição, que faz com que necessitem de um apoio e acolhimento institucional, têm histórias de vida extremamente complicadas”.
Em cada casa habitam duas pessoas, unidas pelo amor ou pela amizade. Neste bairro, na casa seis, o JPN encontrou Emanuel e Carina. Dizem que o destino os “encarreirou” um para o outro.
Emanuel e Carina
Juntos há sete anos, Emanuel, de 31 anos, e Carina, de 36 anos, sofreram de problemas durante a gestação, o que lhes provocou um défice intelectual. Apesar das consequências provenientes da doença, são considerados o casal modelo, tanto pelos técnicos do MAPADI, como pelos restantes moradores. São, assim, vistos como o símbolo do “bom companheirismo, do respeito e aceitação da diferença”. “Eles são o exemplo disso”, afirma José Luís.
Emanuel é visto como um líder pela vizinhança e o “elo de ligação” entre os moradores e a equipa técnica. O coordenador técnico explica que “ele é extremamente feliz a fazer esse trabalho na comunidade onde reside”. O próprio não esconde a felicidade que sente ao contribuir para a manutenção do espaço da comunidade e esboça um sorriso ao ouvir o elogio de José Luís. Também os vizinhos gostam de ter o “líder” por perto. De acordo com Liliana Freire, assistente social, toda a população recorre “ao Emanuel quando está mal ou precisa de alguma coisa”.
Embora um pouco mais reservada, Carina alterou a sua forma de ser depois da convivência com Emanuel, dizem-nos. “A Carina modificou-se em termos da forma como perceciona o mundo” e “a relação com as pessoas que a rodeiam”, explica José Luís. A vida a dois permitiu a partilha de experiências e a troca de sentimentos, o que influenciou, pela positiva, o carácter de Carina, sublinha o responsável.
A relação de ambos é, nas palavras do coordenador técnico, “equilibrada, sem grandes histerismos, nem muitos altos nem baixos, com dias melhores, dias piores, mas sempre numa perspetiva evolutiva, sempre com uma visão construtiva das coisas”.
O casal prova que a deficiência não fecha portas ao mundo do trabalho. Até ao início da pandemia, Carina trabalhava numa fábrica de confeções de tecidos na Póvoa. Emanuel fez formação em Lavagem de Carros, na sede do MAPADI, e trabalhava num posto de gasolina, onde fazia a manutenção dos carros.
O esforço de Emanuel no trabalho foi notório e o patrão incentivou-o a tirar a carta de condução. “Devido às minhas dificuldades, nunca pensei que iria conseguir tirar a carta e muita gente dizia que era complicado. Isto foi um desafio entre mim e o meu patrão. Ele disse-me: ‘tu consegues fazer tudo, por isso, a carta também vais conseguir’. Incentivou-me sempre”, recorda. Já encartado, e depois de ter tido três carros, conduz agora uma scooter que permite ao casal ter a sua liberdade, ir ao supermercado no centro da cidade e manter a independência.
Com a pandemia, todo o bairro teve de se adaptar. Sem trabalho, José Luís explica que Emanuel assumiu novas tarefas dentro da comunidade. “O Emanuel é sinónimo de ação, de mexer e foi uma descoberta” durante o período de confinamento, refere o coordenador. Agora, “há a possibilidade de o Emanuel vir a ser trabalhador aqui dada a sua polivalência”, revela José Luís.
António e Isabel
Na casa quatro, vivem António e Isabel, de 54 e 46 anos, respetivamente. Esta união era considerada “improvável” pela equipa técnica, contudo tem resultado até ao momento. O estado de saúde de António era bastante débil antes de conhecer Isabel. “O amor faz milagres” é a forma que Liliana Freire, assistente social, encontra para descrever como a relação melhorou a saúde de António. “Deixou de ter problemas de pele, engordou, ficou outra pessoa”, conta.
O recém-casal é a outra face da comunidade. Enquanto que Emanuel e Carina são mais sociáveis e primam pela vivência partilhada, António e Isabel preferem o tempo a sós. Vivem “um para o outro”, afirma a assistente social, que realça, também, a “extroversão” de Isabel, dizendo, na brincadeira, que “quem manda naquela casa é a Isabel”. “Ela faz-lhe a barba, faz o pequeno-almoço e dormem de mão dada”. Vivem numa harmonia perfeita, orquestrada entre ambos, “dividem as tarefas, quase que não nos solicitam”, descreve Liliana Freire.
Enquanto Isabel é a mais extrovertida do casal, António tem “mais dificuldades em comunicar e sente algum receio” em fazê-lo, explica Liliana Freire. A fragilidade de António levou-o, inicialmente, a habitar no Lar Residencial, sendo que, posteriormente, mudou-se para as Residências Autónomas. No caso de Isabel, antes de estar no MAPADI, frequentava o centro de dia da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa. Contudo, a falta de um ambiente seguro em casa levou-a a mudar-se para as residências em Terroso. “A vida em casa não era fácil”, conta Isabel ao JPN.
Antes da pandemia, Isabel trabalhava n’A Beneficente, uma associação de solidariedade social na Póvoa. “Eu dobro roupa, tiro a roupa das máquinas, escolho a roupa por cores, passo a ferro, varro o chão, limpo as casas de banho. Gosto de tudo, Agora não vou, tenho saudades”, recorda a moradora. Agora, fechada em casa, Isabel tem se dedicado às tarefas do MAPADI.
António, mesmo antes da vinda da Covid-19, já desempenhava trabalhos dentro do local onde habita, pelo que a sua rotina não se alterou nos últimos tempos. A assistente social Liliana Freire explica que o habitante “vai fazendo trabalhos internos dentro da instituição, mas não como funcionário”.
Isabel e António são dos moradores que exigem mais atenção e cuidado por parte dos profissionais, devido às dificuldades que apresentam. A relação entre o casal e a equipa técnica é muito próxima, especialmente com José Luís, o “pai”. “Ele é o meu pai. O meu pai é muito bom, eu gosto muito dele, quando ele vai embora eu começo a chorar. É muito amigo”, conta Isabel. Desta forma, os profissionais que trabalham no MAPADI são parte fundamental da comunidade.
Os pilares da comunidade
A equipa que presta apoio às Residências Autónomas conta com um coordenador técnico, uma terapeuta ocupacional, uma assistente social, uma psicóloga, uma auxiliar e com o presidente da Direção do MAPADI. Estes profissionais não se cingem apenas ao seu trabalho e desenvolvem relações de afeto com os moradores.
José Luís, coordenador técnico, é um dos pilares desta grande família. O “paizinho”, como é tratado pelos moradores, representa a união desta comunidade.
O coordenador explica que a atividade que exerce junto da comunidade vai além das tarefas que estão estipuladas no papel. É necessário um acompanhamento próximo destas pessoas para que os obstáculos que elas enfrentam sejam menores. Deste modo, é criada uma dinâmica que facilita a comunicação entre “clientes” e equipa técnica.
“Tentamos perceber naquelas frases que não são ditas, naqueles gestos que não são feitos, o que é que possa estar a acontecer e seja necessário ser explorado ou ser apoiado, que tipo de trabalho é que podemos fazer para além daquele que é visível”, explica José Luís. A relação entre técnicos e residentes é, assim, sustentada por respeito, afeto e proximidade.
António Ramalho, presidente da direção do MAPADI, tem também um lugar especial nesta comunidade. Proporcionar a estas pessoas uma melhor qualidade de vida e quebrar o estigma à volta da deficiência são os grandes objetivos: “Poderem ser o mais autónomas possível e, desta forma, poderem desfrutar da oferta que esta estrutura proporciona, no sentido de terem uma vida independente e o mais normalizada possível”, explica o presidente ao JPN.
Uma das principais formas de tentar “normalizar” esta comunidade é através da entrada no mundo do trabalho. O MAPADI oferece formação profissional aos utentes nas áreas da Hotelaria e Restauração, da Lavagem Manual de Veículos, da Hortofloricultura e do Artesanato. “No fim da formação, nós temos uma empregabilidade na ordem dos 56%,” refere António Ramalho.
Para responder à não empregabilidade, surgiu o Centro de Emprego Protegido (CEP). Neste centro, trabalham os jovens que tiraram a formação no MAPADI. Deste modo, a instituição consegue uma parte da sua sustentabilidade. “Nós procuramos potenciar ao máximo e divulgar os nossos produtos e procurar financiamento vendendo esses produtos tanto na sede, como diretamente na restauração e na hotelaria, de forma a podermos ter sustentabilidade e garantir a continuidade dos nossos empregos de cidadãos com deficiência,” explica o diretor do MAPADI. Neste momento, há 100 cidadãos contratados.
Para além do “paizinho”, a equipa conta, também, com “mãezinhas”, “madrinhas” e “tias”. Estas mulheres, no MAPADI, são uma grande parte dos pilares desta comunidade.
Clica sobre as imagens para conhecer alguns dos profissionais do MAPADI.
Catarina Vaz, terapeuta ocupacional, explica que, às vezes, “não é fácil encontrar um equilíbrio entre todas as áreas” necessárias para oferecer uma vida de qualidade ao cidadão com deficiência. O trabalho que desenvolve vai além da dinamização de atividades. É preciso encontrar estratégias adaptadas para partilhar com os moradores. Assim, é importante “trabalhar diferentes domínios ao mesmo tempo”, “não é só o ser divertido, porque eles adoram e gostam, mas também deve ser educativo e também funcional”, explica a terapeuta.
Por sua vez, Liliana Freire, assistente social, tem o papel de dotar os habitantes de outras capacidades, nomeadamente a gestão do dinheiro. A profissional explica que a Segurança Social define que 40% do rendimento dos utentes que trabalham destina-se a pagar um “género de renda”. “Os outros 60% funcionam para eles regerem a sua vida, o seu dia a dia”, esclarece. O apoio é dado continuamente, “até eles ganharem autonomia” e “isto aprende-se – como nós aprendemos ao longo do nosso percurso – até chegarem como estão agora”.
Ana Sofia Monteiro, psicóloga, é o membro mais recente desta equipa. Desde junho de 2020 na instituição, Ana Sofia Monteiro ainda está na fase de “descoberta” do funcionamento do MAPADI. A psicóloga explica que o trabalho não é fácil, devido ao distanciamento que a pandemia obriga. “É uma população com características muito específicas, onde as emoções e os afetos são verdadeiramente muito importantes e temos que, por vezes, privá-los de um abraço, de uma proximidade mais efetiva”, afirma. O objetivo é encontrar um equilíbrio entre o que não se pode fazer e a demonstração de afeto.
A auxiliar dos Serviços Gerais, Emília Martins, já faz parte da equipa de apoio às residências há quase dez anos. A sua principal tarefa é a mediação entre os vários vizinhos. “Às vezes, eles não se entendem uns com os outros, e eu tento ajudá-los também nesse aspeto, porque eles vêm logo pedir ajuda”, conta Emília Martins. Além disso, a auxiliar ajuda também nas tarefas de limpeza e arrumação das residências.
Todos os habitantes necessitam de algum apoio por parte da equipa técnica, uns mais do que outros. Helena e Américo são um dos casais que, tal como António e Isabel, mais precisam do auxílio dos profissionais do MAPADI de Terroso.
Helena e Américo
Na casa nove, vivem Américo e Helena, que estão juntos há dez anos. À semelhança de António e Isabel, este casal prefere viver entre si e “fecha-se no mundo deles”, explica José Luís. “Não há nada como o nosso canto”, diz Américo. Mesmo assim, “somos muito felizes no MAPADI”, afirma o habitante, sem hesitações.
Américo está na instituição há 12 anos. Quando era jovem, sofreu um traumatismo craniano, fruto de um acidente rodoviário. Antes de ir viver para o MAPADI, o morador fez formação profissional na Granja e esteve três anos no Centro Condessa de Lobão. No entanto, “perdeu a retaguarda familiar, inscreveu-se no MAPADI e nós demos-lhe resposta”, explica o presidente, António Ramalho.
O presidente considera-o um “exemplo da inclusão plena”, uma vez que Américo, por vontade e mérito próprios, conseguiu arranjar um emprego. Contudo, encontra-se suspenso devido à pandemia. Américo “procurou a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim e conseguiu convencer o presidente a contratá-lo. A Câmara sempre teve sensibilidade para inclusão e [o Américo] está a trabalhar já há alguns anos” como jardineiro, explica António Ramalho.
Helena está no MAPADI há 15 anos. A sua família tem um historial de doenças mentais e foi mais seguro ser transferida para a instituição. Esta moradora não tem um emprego, mas, até a pandemia chegar, colaborava na limpeza do Lar Residencial. “Eu trabalhava na limpeza com a dona Emília”, explica. Agora, sem ocupação, afirma que tem saudade, não só do trabalho, mas das colegas também: “Quero ver se esta pandemia acaba para eu trabalhar”, diz Helena.
Nas residências, o amor não é a única forma de relacionamento entre os moradores. Em algumas casas, prevalecem relações de amizade. Na casa oito, vivem duas melhores amigas: Marlene e Eduarda.
Marlene e Eduarda
A relação de Marlene, 48 anos, e de Eduarda, 26 anos, começou no MAPADI e acabaram por partilhar a mesma casa. Marlene já está nas residências há sete anos e Eduarda mudou-se para a instituição há cerca de seis anos.
Esta relação foi crescendo à medida que partilhavam experiências juntas, como é o caso das lutas de almofadas que tanto as diverte e que Eduarda costuma ganhar. No entanto, as brincadeiras não são a única atividade na casa. Ambas partilham as tarefas domésticas, nomeadamente “limpar o quarto, o chão da sala, a cozinha e a despensa”, conta Marlene.
As duas amigas, antes da pandemia, tinham trabalhos fora do MAPADI. Eduarda trabalhava no Colégio Madre Matilde e tinha como cargo tratar das crianças. Por sua vez, Marlene trabalhava na Câmara Municipal da Póvoa de Varzim. António Ramalho, presidente da direção do MAPADI, afirma que esta moradora é o “ex-libris” da inclusão do cidadão com deficiência.
“Ela começou em 1979 a fazer a formação na escola quando abrimos a nossa escolaridade. Em 1990, fez a formação profissional em hotelaria e serviços. Perdeu a mãe para a Paramiloidose, mais conhecida como a doença dos pezinhos, perdeu o pai e o irmão, e acabou por ficar sozinha. E está na instituição. Está nos quadros da Câmara”, explica o presidente.
Marlene e Eduarda estão bem integradas na comunidade. Fazem festas, lanches e passeiam com os vizinhos. Outra das experiências que partilham são as atividades desenvolvidas no MAPADI. Eduarda explica que pediu à terapeuta ocupacional para aprender a calcular dinheiro, visto que as moedas são “mais” difíceis de “contar”. Neste sentido, foram “arranjadas algumas estratégias para ajudar a Eduarda”, esclarece Catarina Vaz.
Entre as atividades disponíveis, os habitantes podem usufruir de atividades de culinária, música e desporto. Uma das atividades que mais agrada os moradores são as atividades de culinária, dinamizadas pela terapeuta Catarina Vaz. “Já aprendemos a fazer biscoitos de aveia, uma sopa e também já fizemos aquela frutinha ralada”, conta Eduarda.
Aprender com as “mãos na massa”
A culinária é um ponto de interesse em comum dos moradores desta comunidade. Embora Américo, Helena, António e Isabel não sejam os maiores adeptos, o resto da comunidade tem interesse e curiosidade em aprender a cozinhar autonomamente.
A atividade desta semana realizou-se na casa 11, onde habitam Sara e Cláudia. Os participantes desta sessão foram Francisco, Leonor, Célia, Eduardo e as duas moradoras.
Esta atividade tem como principal objetivo o incentivo à alimentação saudável, que nem sempre é praticada pelos residentes. Serve para reter informações nutricionais que possam ser usadas no quotidiano e para destacar a importância da reciclagem. Sem nunca esquecer o espírito de comunidade, esta sessão pretende estimular a partilha entre moradores, sendo que compartilham uma casa e depois distribuem os resultados obtidos das aulas.
Carina, Emanuel, Marlene, Eduarda, Isabel, António, Américo e Helena são apenas seis das 24 histórias que dão cor e vida ao bairro que abriga pessoas com deficiência. Um bairro pensado para a população que nele habita. Um bairro que não é um fim, mas antes uma casa de partida.
Trabalho editado por Filipa Silva e João Malheiro
Esta reportagem multimédia integra a série “Comunidades” estreada em 2020 pelo JPN. A série de 2021 teve o seu pontapé de saída a 1 de março no âmbito da atividade Editor por um Dia, este ano a cargo da jornalista Catarina Santos.