O São João vai contar com zonas de diversão na cidade do Porto e em Vila Nova de Gaia. O santo popular volta assim a ser celebrado na rua, mas tendo em conta o contexto pandémico, os autarcas dos dois lados do rio já anunciaram que não haverá lugar a concertos nem ao típico fogo de artifício.

No Porto, haverá zonas de diversão na Rotunda da Boavista, nas Fontainhas e em Lordelo do Ouro (junto ao Fluvial). Estes “parques de diversões” contam com carrosséis, carrinhos de choque, mesas de matraquilhos, farturas e, claro, manjericos, segundo informaçãod a Câmara Municipal do Porto.

Estes equipamentos de diversão, a funcionar desde sábado, têm uma lotação reduzida e medidas de segurança impostas. Funcionam de domingo a quinta-feira, das 16h00 às 22h30, sendo que às sextas, sábados e vésperas de feriados, o horário é alargado, das 12h00 às 22h30. Já os espaços de restauração estão abertos das 12h00 às 22h30.

“São João haverá sempre”, afirmou Rui Moreira aos jornalistas, no final da reunião pública do executivo camarário, esta segunda-feira. “Aquilo que a Câmara permitiu, com o parecer das autoridades de saúde, foram três zonas de diversões, onde as pessoas podem ir em condições consideradas de total segurança por parte da DGS“, explicou o autarca.

O presidente da Câmara do Porto destacou a importância do evento “para a indústria dos divertimentos que há ano e meio que não fatura um tostão”. Sobre o comportamento das pessoas, durante as festas, Rui Moreira não arrisca previsões: “Não me peçam para dizer o que vai suceder ou não. Lembro-me que, no ano passado, as pessoas ficaram basicamente em casa, acho que este ano vai haver mais pessoas na rua”, disse.

As “minifeiras” de Gaia

Em Vila Nova de Gaia, também haverá áreas reservadas para celebrar o São João. O Parque Maria Adelaide, em Arcozelo, o parque de estacionamento do Estádio Jorge Sampaio, em Pedroso, a Quinta da Mesquita, em Avintes, e o Centro Cívico de Serzedo são os espaços que vão acolher as “minifeiras populares” do município.

Os recintos serão controlados com o apoio da Polícia Municipal e reduzidos a divertimentos como carrosséis, farturas e manjericos. As iniciativas vão ter início no final de junho e durante os meses de julho e agosto, até ao início de setembro.

Tal como no Porto, o São João em Gaia não vai contar com concertos nem fogo de artifício. “Há um acordo nesse sentido com a Câmara do Porto. Festividades de rua que impliquem ajuntamentos estão fora hipótese“, confirmou Eduardo Vítor Rodrigues aos jornalistas, na tarde desta segunda-feira.

Vila Nova de Gaia também é palco de outra festa popular. O São Pedro da Afurada, celebrado de 28 para 29 de junho, também será condicionado pela pandemia. O autarca revelou que haverá uma missa campal e que um andor vai ser levado até à entrada da barra por barcos de pescadores, como dita a tradição, mas “com restrições de acesso e limitação de lugares“.

O santo popular vai ser comemorado sem vendedores de rua nem procissões. Na mesma data, a 29, será inaugurada a obra de requalificação da Igreja Velha da Afurada, um projeto que custou à autarquia 135 mil euros.