Câmara do Porto investiu 1,4 milhões de euros na melhoria das condições da área verde. Intervenção incluiu substituição de pavimentos, reforço da iluminação e substituição do mobiliário urbano.

O labirinto de São Roque foi utilizado para esconder uma das balizas do percurso de orientação.

O labirinto de São Roque é o espaço mais icónico do parque. Foto: Cláudia Fernandes

Ao fim de vários meses em obras, o Parque de São Roque, em Campanhã, reabriu esta quinta-feira (1) as portas ao público com a cara lavada e um terreno ampliado

O derrube de um muro permitiu estender a área do parque em 1,2 hectares, passando o espaço a ter agora, no total, 5,2 hectares de terreno. Este alargamento possibilitou ainda a criação de dois novos miradouros com vista para o Rio Douro. 

De acordo a Câmara Municipal do Porto, além do alargamento do espaço foram renovados os pavimentos dos caminhos e reforçada a iluminação do parque. O mobiliário urbano também foi substituído ou relocalizado e as redes de água e de luz foram requalificadas.

A operação envolveu ainda a plantação de novas árvores, num parque onde já não era difícil encontrar uma sombra. No total, o Parque de São Roque tem agora 1.230 árvores, segundo a autarquia.

A casa dos jardineiros foi recuperada, ao passo que o icónico labirinto feito de arbustos foi integralmente preservado. No total da obra, a Câmara Municipal do Porto refere ter investido 1,4 milhões de euros.

“Esta foi uma oportunidade, por um lado, para ampliar o parque e criar uma zona plana [na parte superior] e, por outro, reabilitar todo o espaço, ou seja, tratamento das árvores, caminhos pedonais, peças arquitetónicas e históricas que aqui existem e que foram totalmente recuperadas, aumentando o espaço de fruição para os visitantes”, afirmou aos jornalistas Rui Moreira, presidente da autarquia, no âmbito da visita que fez esta manhã ao local.

Ainda segundo a autarquia, a requalificação e extensão do Parque de São Roque enquadra-se na estratégia municipal de adaptação às alterações climáticas, que tem entre os seus objetivos o aumento de espaços verdes na cidade.

O lote inclui o já inaugurado Parque Central da Asprela, o remate a poente do Parque da Cidade, a construção do futuro Parque da Alameda de Cartes, com ligação ao Parque Oriental, a criação do Parque Urbano da Lapa, com quatro hectares, e o Parque da Ervilha, na zona da Foz.

O Parque de São Roque, que foi em tempos a Quinta da Lameira, foi comprado pela Câmara do Porto à família Ramos Pinto em 1979. A sua área distribui-se por patamares e tem duas entradas distintas: uma, na parte superior, que se faz pela Travessa das Antas – onde se encontra o parque infantil – e outra, pela parte inferior, pela Rua de São Roque da Lameira, a entrada indicada para quem quiser ir direto ao labirinto. Junto a esta entrada está também a Casa São Roque, um palacete do séc. XVIII que hoje é um espaço cultural. “Warhol, pessoas e coisas” é a exposição patente por estes dias (até 31 de janeiro de 2023).