Jorge Louraço Figueira assume a direção artística do Teatro Municipal de Matosinhos. Em declarações ao JPN, o encenador e dramaturgo diz sentir-se “muito orgulhoso pelo convite”, esperando pôr em cena algumas obras de sua autoria, como "Titãs" e "Abrigo para Náufragos".

retrao de Jorge Louraço Figueira

O novo diretor artístico do Teatro Constantino Nery pretende repor as peça “Titãs” e “Abrigo para Náufragos”. João Rodrigues

Jorge Louraço Figueira é o novo diretor artístico do Teatro Constantino Nery. Após oito anos sem coordenação, a vereação da Cultura da Câmara Municipal de Matosinhos convidou o encenador nazareno para encabeçar o projeto.

Em declarações ao JPN, o dramaturgo revelou que uma das suas motivações para agarrar a iniciativa foi o facto do Constantino Nery ter “um perfil diferente da maior parte dos teatros municipais”, na medida em que permite ao diretor, também, ser criador, fazer encenações e apresentar obras próprias – objetivos que também fazem “parte do convite”, revela Jorge Louraço.

O principal desafio será “conciliar a expectativa de um projeto popular”, ou seja, para toda a gente, “com a qualidade, a exigência, a originalidade”.  A principal linha do projeto, acrescenta o novo diretor, é criar “um teatro virado para a cidade“.

Algumas peças que farão parte da programação são reposições de textos da autoria de Jorge Louraço. “Titãs”, dramaturgia estreada em 2022 e “inspirada em testemunhos de mulheres que trabalharam nas fábricas de conservas”, irá sofrer algumas alterações e será reposta em outubro. A apresentação de outras criações suas, como “Abrigo para Náufragos”, também está nos planos do encenador, mas sem data definida.

Apesar de ainda não existir uma programação definitiva, o diretor anunciou que está previsto “um espetáculo para se associar ao Senhor de Matosinhos” com o nome “Marcha dos Bonecos”.

Jorge Louraço Figueira contou que vive há alguns anos perto do Teatro Municipal de Matosinhos, mas que a pandemia o ajudou a “circular mais na vizinhança” e a acompanhar “a vida da cidade”, visto que os seus projetos eram, maioritariamente, no Porto e em Coimbra. Assim, o novo diretor artístico sente-se “muito feliz por contribuir” e dar novas oportunidades de potenciar o espaço.

Artigo editado por Miguel Marques Ribeiro