O cabeça de lista da AD pelo círculo eleitoral do Porto esteve, esta quarta-feira, numa ação de campanha na zona do Amial. Ao JPN, Miguel Guimarães falou sobre algumas propostas da coligação, nomeadamente sobre a diminuição dos impostos e a subida dos salários.

Miguel Guimarães visitou vários negócios na Rua do Amial. Foto: Natalia Vásquez/JPN

Foi na Rua do Amial, em Paranhos, que Miguel Guimarães, cabeça de lista da Aliança Democrática (AD) pelo círculo eleitoral do Porto, esteve esta quarta-feira (29) em contacto com a população, no âmbito da campanha para as eleições legislativas. O ex-bastonário da Ordem dos Médicos reuniu-se com os militantes da AD, ao final da tarde, à frente de um supermercado e passou pelos vários negócios que existem na rua, com panfletos e canetas na mão, para apelar ao voto.

Boa tarde, boa tarde” eram as primeiras palavras do candidato assim que entrava em farmácias, lojas de roupa e mercearias. O cabeça de lista, acompanhado pelos candidatos a deputados pelo círculo eleitoral do Porto, Ana Gabriela Cabilha e Alberto Machado, explicou as propostas da AD à comunidade e criticou as ações do atual Governo. À medida que falava, os militantes da coligação repartiam os panfletos e as canetas a quem os recebesse e às pessoas que se encontravam dentro dos carros. Na ação de campanha, esteve também presente Catarina Araújo, vereadora na Câmara do Porto.

O nosso objetivo é chegar perto das pessoas. Os meios de comunicação por cá não passam, mas nós sim”, afirmou Miguel Guimarães a vários comerciantes e transeuntes.

Em declarações ao JPN, Miguel Guimarães destacou as medidas que a AD propõe ao nível dos impostos: “Achamos que é importante atuar, em termos de dar mais poder de compra às pessoas e em termos de baixar o IRS. Queremos baixar os impostos para as empresas de 21% a 15%, para estimular a atividade, o desenvolvimento e o crescimento das empresas. Isto gera novos empregos e um crescimento da economia como um todo. Queremos ter a economia a crescer 3,5%, no fim de 2028. Também propomos um IRS jovem até os 35 anos de 15%. Consideramos crucial esta atuação nos impostos e o Partido Socialista desvaloriza completamente”.

Na ação da campanha, outro tema bastante discutido foi o dos salários. O ex-bastonário da Ordem dos Médicos disse que Luís Montenegro destaca “três áreas específicas em que é preciso rever os salários: na educação, na saúde e na segurança.” No entanto, Miguel Guimarães frisou que “todos os salários irão aumentando, de acordo com a inflação”.

Em conversa com o JPN, o cabeça de lista pelo Porto comentou ainda o incidente desta quarta-feira, no qual Luís Montenegro foi atingido com tinta verde por um ativista climático, em Lisboa.

“Lamento isto que aconteceu. Não é assim que se defende o ambiente. Defende-se com propostas positivas, dando acrescentos àquilo que os vários partidos políticos já têm nos seus próprios planos. Isto só revela a má educação e a falta de princípios e valores, não é próprio de um Estado democrático. Num Estado democrático, discutem-se as propostas e tentam-se negociar as que sejam exequíveis para melhorarmos o ambiente”, disse.

“É uma espécie de voluntariado, o que acabamos por fazer”

A Juventude Popular, pertencente ao CDS-PP, esteve responsável por distribuir as bandeiras da AD e chamar a atenção da comunidade. Vestindo camisolas estampadas com o símbolo da Aliança Democrática na frente e críticas ao Governo na parte de trás, diferenciavam-se dos restantes militantes.

Ao JPN, Hugo Gonçalves, líder distrital da Juventude, explicou que começou a ser militante a convite de um amigo: “Não fui obrigado. Experimentei e gostei muito do trabalho que fizemos. É uma espécie de voluntariado o que acabamos por fazer. A partir daí, foi sempre pensar em novos projetos e ideias para ajudar as pessoas. Vemos o impacto do que fazemos e gosto de ver este legado e este impacto na comunidade. Hoje, aqui estamos”.

Nesta ação de campanha, Hugo Gonçalves ficou responsável por segurar no megafone. O líder da Juventude gritava para incentivar o voto na AD e atrair o olhar das pessoas que passavam. Para além da voz do líder distrital da Juventude, ouvia-se a música de apoio à coligação de fundo: “Está na hora de acreditar. Luís Montenegro é a esperança. Portugal!”.

O JPN falou ainda com Mariana Folhadela, membro da Juventude: A nossa função é acompanhar.A minha família sempre fez parte da política, então acabei por entrar [no partido]”. A ação de campanha acabou por volta das 19h00.

Editado por Inês Pinto Pereira