Está previsto que os testes comecem no final de março e que a inauguração aconteça em finais de abril. O novo troço do metro vai ter mais de três quilómetros e três novas estações: Manuel Leão, Hospital Santos Silva e Vila D’Este. O JPN visitou a obra esta terça-feira.

A extensão da Linha Amarela deve ficar pronta no final de abril. O novo troço da linha, que tem mais de três quilómetros, está compreendido entre a estação de Santo Ovídio e a nova estação de Vila D’Este. Com o alargamento, vão surgir três novas: Manuel Leão, Hospital Santos Silva e Vila D’Este.

A obra incluiu a construção de um viaduto que “foi feito por avanços”, explicou o engenheiro responsável pela fiscalização Alexandre Pedroso, em declarações ao JPN. O viaduto foi fabricado e montado dentro de um armazém e depois “era empurrado sucessivamente”. O engenheiro afirmou que foi “necessário a montagem de pilares provisórios para apoio da frente”, e disse considerar difícil a construção do viaduto por ser feito em curva e não em linha reta.

Além do viaduto, foram construídos túneis – as três novas estações – que já estão em fase de acabamentos, e um Parque de Material e Oficinas (PMO). A linha começa a ser testada no final de março e deve ser inaugurada no final de abril.  A fase final dos trabalhos envolve 180 trabalhadores.

A extensão da linha surgiu da necessidade de melhorar a mobilidade daquela que é considerada por Duarte Pernes, do departamento de cFerreiromunicação da Metro do Porto, a “terceira maior cidade do país em termos de população” que já tinha uma forte presença do metro, mas vai ser reforçada com as novas estações. As novas estações permitem o “acesso a zonas com importantes componentes escolares, residenciais e de saúde”, de que é exemplo a futura estação Manuel Leão que vai estar “muito próxima ali à RTP e à Escola Soares dos Reis”.

Duarte Pernes destaca a chegada do metro a Vila D’Este, terminal do novo troço da Linha D, zona de grande urbanização onde residem milhares de pessoas, “que ficam ligadas também à rede de metro por via desta ampliação da Linha Amarela”.

A Metro do Porto prevê que o alargamento possa potenciar um crescimento na procura em 20 milhões de passageiros e a redução da emissão de CO2 em quase 2.300 toneladas, no primeiro ano de operações. Com a extensão da linha, prevê ainda um maior desenvolvimento económico local e a coesão social e territorial.

A obra, cujo investimento é de 206 milhões de euros, é financiada pelo programa Portugal 2030, pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PEOSEUR) e pelo Fundo de Resolução da União Europeia.

O alargamento da Linha Amarela tinha sido anunciado em fevereiro de 2017 e o início dos trabalhos estava previsto para 2019. Mas só em 2021 é que as obras arrancaram.

Editado por Filipa Silva e Inês Pinto Pereira