O Presidente da República, Cavaco Silva, admitiu que o envio de militares portugueses para integrar a Força das Nações Unidas no Líbano é uma “decisão que está a ser ponderada com muita cautela” pelo Governo e pela Presidência.

O Chefe de Estado, citado pela Agência Lusa, avançou que a questão está a ser estudada com precaução, porque “não se enviam soldados portugueses para um teatro de tão grande complexidade” sem considerar todas as circunstâncias “políticas e militares”.

Além disso, Cavaco Silva, que falava aos jornalistas durante a inauguração da 27ª Feira de Exposições, em Lagoa, na sexta-feira à noite, lembrou que é provável que “seja solicitada uma participação acrescida” do contingente português em Timor-Leste”.

O reforço da Força Interinas das Nações Unidas no Líbano (FINUL) tem como objectivo vigiar o cumprimento do cessar-fogo, que entrou segunda-feira em vigor, para interromper os combates entre israelitas e o Hezzbollah, no Líbano.

A utilização da Base das Lajes, nos Açores, por parte de aviões israelitas, é um dos temas que está gerar polémica entre Governo e oposição. Questionado sobre se tomou conhecimento prévio da passagem por Portugal de aviões provenientes dos Estados Unidos com destino a Israel, o Presidente da República foi lacónico: “Há assuntos que devem ser tratados com reserva em público”.