Os sobreviventes do massacre na Universidade Virgínia Tech, no nordeste dos EUA, nesta segunda-feira, criticaram a demora das autoridades em dar o alerta para a presença de um homem armado no campus.

A universidade foi alvo de dois ataques, que causaram 33 vítimas no total, 30 só no segundo ataque. Uma das vítimas foi o autor dos disparos, que cometeu suicídio. Duas horas decorreram entre o primeiro e o ataque seguinte.

Dada a sequência dos acontecimentos, os estudantes questionam agora o facto de a universidade não ter sido evacuada na sequência do primeiro ataque. Do lado da instituição, os responsáveis argumentaram que não estavam à espera de um segundo ataque.

Muitos estudantes afirmam que só foram alertados pela universidade mais de duas horas depois do primeiro incidente, altura em que receberam um e-mail. Os alunos garantem que nenhuma informação foi dada pelo sistema de altifalantes.

As autoridades também ainda não esclareceram todos dos factos do caso. A polícia ainda não se manifestou sobre a possibilidade de os dois ataques estarem relacionados. No entanto, confirmou ter encontrado duas pistolas.

O atirador morto foi identificado pela polícia, mas as autoridades não divulgaram a informação.
Entretanto, o reitor da universidade confirmou que o responsável pelo massacre é de origem asiática. O responsável avançou com a hipótese do indivíduo ter contado com a ajuda de um segundo elemento.

A possibilidade de o atirador ser um aluno já tinha sido levantada. Segundo testemunhas, o atirador conhecia o edificio, tendo inclusive trancado determinadas portas para impedir que os alunos escapassem.

Na descrição de um estudante, Erin Sheehan, ao jornal “Collegiate Times”, o atirador teria cerca de 1,83 metros, era jovem, de origem asiática e encontrava-se vestido de forma algo estranha, quase como um escuteiro e com uma espécie de colete com munições.

Fonte oficial da universidade disse à Lusa que nenhuma das vítimas mortais ou dos feridos é de nacionalidade portuguesa.